terça-feira, agosto 24, 2010

A GUERRA DO RIO Traficante da Rocinha teria PMs na escolta

A GUERRA DO RIO
Traficante da Rocinha teria PMs na escolta
Publicada em 23/08/2010 às 23h15m
Sérgio Ramalho

RIO - Uma investigação da Divisão de Capturas da Polinter sobre a quadrilha responsável pela venda de drogas na Rocinha descobriu que policiais militares - entre eles dois ex-integrantes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) - participam da escolta de Antônio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na comunidade. Não há confirmação, no entanto, de que os PMs tenham participado do confronto de sábado .
O envolvimento de PMs com o bando foi constatado, inclusive, em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Em algumas delas, Nem é alertado com antecedência sobre ações de policiais na favela. Uma das responsáveis pela investigação, a delegada Roberta Carvalho da Rocha, da Polinter, esteve na 15ª DP (Gávea) para analisar as imagens de bandidos, captadas por câmeras de condomínios de São Conrado, durante a ação de sábado.
Entre os suspeitos que aparecem nos vídeos, três homens usando coletes à prova de balas, com fuzis e radiotransmissores, chamaram a atenção de envolvidos na investigação sobre a quadrilha de Nem. Entre esses três bandidos, o que mais se destaca é um que assume uma posição de comando, como se estivesse chefiando a ação. Usando boné e fones de ouvido ligados a um radiotransmissor, ele demonstra desenvoltura de quem recebeu treinamento militar.
Ao descer da van, o bandido se posiciona no meio da rua. Pouco depois, parte do bando que estava numa das vans do comboio invade o Hotel Intercontinental, onde 35 pessoas foram feitas reféns. Há a suspeita de que a invasão tenha sido uma estratégia para desviar a atenção da polícia, permitindo assim que Nem fugisse. A quadrilha voltava de um baile funk no Morro do Vidigal quando ocorreu o confronto.
Segundo fontes na Polícia Civil, mais de 20 bandidos invadiram o Intercontinental em momentos diferentes. Parte deles fugiu, pulando um muro nos fundos do hotel. Depois, outro grupo foi para o subsolo, onde fica a cozinha, tomando funcionários e hóspedes como reféns.
COLABOROU Gustavo Goulart
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