segunda-feira, junho 28, 2010
Donativos começam a chegar a Pernambuco
Donativos começam a chegar a Pernambuco
Desabrigados buscam refúgio em locais que estão comprometidos por rachaduras
Letícia Lins
ÁGUA PRETA, PALMARES e BARREIROS (PE). Os donativos começam a chegar aos 69 municípios de Pernambuco atingidos pela cheia. A ajuda vem pela Comissão de Defesa Civil do estado, pelas Forças Armadas, por voluntários e por governos estrangeiros. Ontem, aterrissou em Recife um C-130 da Venezuela, com 12 toneladas de mantimentos, roupas e até papel higiênico. A Associação de Panificadores de Pernambuco embarcou 32 mil pães para Água Preta.
No bairro da Liberdade, em Água Preta, Maria Rosineide da Silva advertiu a equipe do GLOBO que não ingressasse na sede da Associação de Deficientes Físicos, porque, após ser coberta pelas águas, a casa ameaça ruir.
Com um detalhe: é o único lugar que ela tem para ficar. Ontem, a entidade ainda abrigava seis famílias.
Rosineide relatou como mais dramática a experiência de uma vítima de acidente vascular cerebral que teria se afogado se não tivesse sido salva por um deficiente mental.
Ontem, em Palmares, crianças e adultos removiam entulhos, em busca de fios de cobre, vasilhames e outros materiais que rendessem alguns trocados. Em Barreiros, o hospital de campanha montado pela Aeronáutica já começou a funcionar, mas o acesso é difícil a quem se encontra na parte baixa da cidade. Por isso, estão mobilizados helicópteros das Forças Armadas e um helicóptero esquilo enviado pelo Corpo de Bombeiros do DF.
Luiz Carlos Bezerra, com um pequeno comércio na rodoviária de Palmares, conta que, na hora da cheia, saiu do terminal com amigos por um buraco que fizeram no telhado, e passaram a um prédio vizinho pendurados “como macacos” numa viga que puseram entre os dois edifícios.
Na cidade, o acesso à BR101/Sul com destino a Maceió continua interrompido.
Já em Água Preta, as duas pontes instaladas pelo 7oBatalhão de Engenharia de Combate começaram a funcionar. No bairro de Jequiá — que já havia sido “lavado” em outra enchente —, Admilson José de Moura colhia telhas da casa que achava nos escombros e refazia o telhado do único cômodo que sobrou: — As outras paredes caíram.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário