quinta-feira, setembro 09, 2010

Velho golpe faz novas vítimas

Velho golpe faz novas vítimas

Tribuna de Minas Digital

A Polícia Civil volta a alertar sobre golpe por telefone que tem provocado prejuízo de milhares de reais na cidade. As ligações partem de diversos estados, e o estelionatário alega que a pessoa tem uma alta quantia a receber, normalmente proveniente de um seguro supostamente feito há mais tempo ou de algum processo judicial. Em seguida, o golpista solicita que a vítima faça depósito de determinado valor em conta bancária para que os trâmites possam ser resolvidos, e o dinheiro, encaminhado. Uma idosa, 66 anos, por exemplo, chegou a realizar nove depósitos, que totalizaram um prejuízo de R$ 79 mil, na tentativa de receber suposto prêmio de seguro de vida do falecido esposo.
Já um jornalista, 71 anos, conseguiu descobrir o golpe a tempo. “Recebi uma ligação de Belo Horizonte, na qual um homem se passou por diretor financeiro de uma associação de previdência privada. Segundo ele, eu teria feito um seguro na década de 80 e teria direito a receber R$ 32.387. Mas eu teria que depositar R$ 600 para receber o dinheiro. Sugeri que o valor fosse descontado, mas ele alegou que o cheque já estava pronto. Então desconfiei e pedi para meu filho verificar o endereço informado na capital, e ele viu que a associação não existia.” O que mais chamou a atenção do jornalista é que o estelionatário possuía todos os dados pessoais dele.
Pelo menos três moradores de Juiz de Fora não tiveram a mesma sorte que o jornalista e perderam grandes quantias, segundo informou o titular da 4ª Delegacia Distrital, Marcelo Faria, que recebeu recentemente três ocorrências relacionadas ao crime. “O grupo de estelionatários costuma se identificar como oficiais do Exército ou de tribunais de Justiça. Também fazem referência a um grupo de seguro que teria sido liquidado por falência. Depois, dizem que a vítima está prestes a receber um prêmio, de seguro, pecúlio ou processo judicial, nos valores de R$ 50 mil, R$ 100 mil ou R$ 300 mil, por exemplo.” A partir daí, a vítima é levada a fazer inúmeros depósitos em contas bancárias.
O delegado lembra que, se alguém tem, de fato, alguma quantia a receber de órgãos públicos, o valor a ser pago deve ser debitado mediante guia própria. “Isso nunca é feito em nome de pessoas físicas. Tem gente que faz empréstimo para poder pagar as quantias exigidas pelos golpistas, que vão pedindo pequenos valores até chegar em uma grande soma.”
Outras quatro vítimas registraram ocorrências semelhantes na 7ª Delegacia Distrital, conforme matéria publicada pela Tribuna em agosto. A Polícia Civil recomenda não passar dados pessoais por telefone e não fazer depósitos em contas de desconhecidos antes de checar a veracidade das informações.

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