sábado, maio 15, 2010
Mestres e doutores
Mestres e doutores
Brasília-DF
Luiz Carlos Azedo Com Norma Moura - Correio Braziliense - 14/05/2010
Deu mais rebu a nota publicada ontem, nesta coluna, sobre a mobilização dos servidores do Judiciário por isonomia salarial com o pessoal do Legislativo. Resumia a reação de integrantes da categoria que criticaram a coluna por causa do termo barnabé* e reivindicam equiparação dos seus vencimentos à burocracia do Legislativo, cujos analistas ganhariam mais do que o dobro do salário inicial dos colegas do Judiciário, R$ 6 mil e R$ 13 mil, respectivamente.
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O professor Leon Victor de Queiroz, também leitor da coluna, se indignou. “Já que eles levantaram a questão de que o cargo que eles querem paga ‘pouco’, R$ 6 mil iniciais, vamos pensar na educação. Sem falar no ensino básico, cujo salário é de fome, vamos falar no professor de universidade federal”, sugere Queiroz, depois de considerar um salário inicial de R$ 13 mil muito elevado em relação às demais categorias.
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Segundo o leitor, um professor assistente com mestrado recebe R$ 2,7 mil. Se aceitar a dedicação exclusiva, passa a R$ 4,4 mil. O professor adjunto, com doutorado, recebe R$ 6,7 mil com dedicação exclusiva. “Acho graça quando um concurseiro vem dizer que passou a vida toda estudando, que se sacrificou, que perdeu momentos da vida para passar num concurso público. Agora, eu pergunto: quanto tempo leva para se formar um doutor, quanto se gasta e o quanto se perde? Para o professor ser associado, é preciso fazer um pós-doutorado. Imagine cinco anos de graduação, dois anos de mestrado, quatro anos de doutorado e mais dois anos de pós-doutorado para ganhar R$ 9,7 mil brutos.”
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Em tempo: acho que Queiroz pegou pesado ao generalizar em relação à turma que estuda para concurso público.
*Considerado pejorativo, o termo significa funcionário público de baixo escalão.
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