sábado, maio 15, 2010

Mulheres que gostam de ficar sozinhas e não fazem questão de ter um par só para constar

Mulheres que gostam de ficar sozinhas e não fazem questão de ter um par só para constar
POR KAMILLE VIOLA
Rio - Uma pessoa que gosta de ser solteira (mas não se opõe a ter um relacionamento) e prefere estar sozinha a namorar só para fazer parte de um casal. Essa é a definição do termo “sósingular” (em inglês, “quirkyalone”), tema do livro ‘Sósingular — Um Manifesto para Românticos Irredutíveis’(ed. Francis, 160 pág., R$ 26,50), que a americana Sasha Cagen lança amanhã no Brasilis Hostel (Rua Murtinho Nobre, 156, Santa Teresa).

“Tudo começou em 2000, quando fiz um ensaio sobre o assunto para a minha revista (‘To-DoList’). Depois, o artigo foi republicado na imprensa alternativa americana e muita gente gostou, recebi milhares de emails e até presentes”, conta Sasha, de 36 anos. “Quando quis fazer o livro, há dez anos, os editores acharam muito radical, porque para eles ninguém podia ser feliz sozinho. Agora, depois de seriados como ‘Sex and the City’ e ‘Ally McBeal’, ser ‘sósingular’ é muito comum”, diz.
A atriz Paloma Bernardi, a Mia de ‘Viver a Vida’, é um exemplo. “Não gosto de banalizar algo que é tão lindo. Eu gosto de ter um relacionamento, mas não é porque você está sozinho que está infeliz ou triste. A vida é preenchida de várias formas: tem a família, amigos, trabalho. Tem um tempão que eu estou solteira e não quer dizer que eu não seja feliz”, defende. Colega de Paloma na trama das oito, Aparecida Petrowky, a Sandrinha da novela, também diz se encaixar no perfil. “Estou sem namorado há bastante tempo. Quando pintar, eu me jogo, mas fico muito bem sozinha também”, garante ela. “Tenho amigas que têm relacionamento como prioridade. Eu sempre batalhei por essa independência. Você acaba ficando tão segura que não entrega sua vida para qualquer um esculhambar”, brinca a atriz.
Há três meses morando no Rio de Janeiro, Sasha Cagen acredita que é mais difícil ser ‘sósingular’ no Brasil. “Aqui é uma rebeldia, nos Estados Unidos é quase normal”, compara a autora. “Aqui ainda existem muitas mulheres que defendem que você tem que ser mãe para ser mulher. E os cariocas não entendem muito que, às vezes, você quer sair sozinho, por exemplo”, conta.
Foto: João Laet

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