Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 1 real investido em saneamento básico, economiza-se 4 em assistência médica, no sistema público de saúde, visto que a mais prevalente causa de doenças e endemias que atingem a maioria de nosso povo é fruto da ausência desse serviço fundamental.
sábado, agosto 28, 2010
O ralo do saneamento
O ralo do saneamento
Roberto Freire - BRASIL ECONÔMICO
Dos recursos estimados para o setor entre 2007 e 2010, apenas 15% foram desembolsados.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 1 real investido em saneamento básico, economiza-se 4 em assistência médica, no sistema público de saúde, visto que a mais prevalente causa de doenças e endemias que atingem a maioria de nosso povo é fruto da ausência desse serviço fundamental.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 1 real investido em saneamento básico, economiza-se 4 em assistência médica, no sistema público de saúde, visto que a mais prevalente causa de doenças e endemias que atingem a maioria de nosso povo é fruto da ausência desse serviço fundamental.
Esta relação entre saneamento e saúde foi demonstrada, entre outros, pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes), que em seu 19º Congresso demonstrou que a implantação de 1% na cobertura sanitária da população de 01 a 05 salários mínimos reduziria em 6,1% as mortes na infância.
No Brasil, sobretudo neste governo midiático do PT, inventou-se uma sigla mágica – PAC – responsável, segundo sua poderosa máquina de propaganda, por redimir o país de sua colossal indigência social, no que respeita as políticas públicas.
Apresentado como a última maravilha na resolução dos graves problemas de nossa infraestrutura física e humana, o PAC é a demonstração mais cabal do fracasso desse governo que se pretende “voltado para os pobres” , como demonstram todos os índices que envolvem as políticas públicas, seja educação, segurança ou saúde.
Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dito, em São Luís-MA, com sua peculiar maneira de falar, que pretende "tirar o povo da m...", o programa do governo de construção de redes de esgoto e estações de tratamento dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) está emperrado.
Dos recursos estimados para o setor, de R$ 40 bilhões para o quadriênio 2007/2010, apenas 15% foram desembolsados. O dinheiro, oriundo do FGTS e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), existe, mas as concessionárias de águas e esgotos não conseguem, em sua maioria, ter acesso a ele, por conta do descaso como essa questão é tratada por seu governo.
Os resultados dessa incompetente gestão no trato de políticas públicas são demonstrados pelos números recentemente divulgados pelo IBGE sobre o assunto. Por eles ficamos sabendo que apenas 28% dos municípios brasileiros trata o esgoto coletado. O crescimento dos municípios com rede coletora de esgoto passou de 52%, em 2000, para 55%, em 2008. Em oito anos este incremento de 3% é saudado como se fosse um feito revolucionário!!
Estes são os números oficiais. Os dados da realidade são mais trágicos. Quase dois mil e quinhentos municípios não têm rede coletora de esgotos. E o Norte e Nordeste são as regiões onde tal situação é mais grave, justamente onde estão concentrados as populações mais vulneráveis do país.
Esta a verdadeira face de um governo que se vangloria de ter um “pai dos pobres” e uma “mãe do PAC”. Trata as populações pobres com políticas clientelistas dos velhos coronéis. Mas quanto às mudanças nas estruturas de suas reais condições de vida, com políticas de Estado voltadas para resolver de forma definitiva a situação da educação, segurança e saúde, o que temos é apenas a fanfarronice embusteira de sempre, enrolada agora no manto sagrado da propaganda festiva, com que alimenta a popularidade de seu desgoverno.
O que efetivamente existe por trás do “Brasil para todos” é nossa indigência vivida por mais de 30% de nosso povo.
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