domingo, setembro 05, 2010
A meta é triplicar vagas até 2010
A meta é triplicar vagas até 2010
Brasil começa a se tornar referência para o mundo na formação demão de obra demandada pelas fabricantes de aeronaves. Universidades tentam ampliar cursos sem comprometer a qualidade
Correio Braziliense
A indústria aeronáutica brasileira atravessa um momento de elevada produção e, consequentemente, enfrenta o problema da falta de mãodeobra qualificada.Na Helibras, filial da francesa Eurocopter, sediada em Itajubá, tal escassez é motivo de assombro. A empresa, que já está trabalhando em dois turnos, pretende dobrar de tamanho e mais do que triplicar o número de funcionários até 2012de 300 para 1 mil.
Está difícil encontrar profissionais especializados, tanto engenheiros quanto técnicos, em um momento em que estamos em plena capacidade produtiva, diz o vice-presidente da fabricante de helicópteros, Eduardo Mauad. É reflexo do expressivo crescimento da economia, que está levando junto o setor aeronáutico, acrescenta. A urgência com que a Helibras procura mão de obra qualificada está associada à recente encomenda do governo de 50 helicópteros EC 725 para as Forças Armadas, com capacidade para 30 passageiros.
Mauad conta que a maquete da nova fábrica com 11 mil metros quadrados está pronta e, para garantir a ampliação do quadro de pessoal, a companhia fechou parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei). A meta é criar um curso para formação de engenheiros aeronáuticos, no qual os estudantes terão a oportunidade de estagiar na sede da Eurocopter, na França. Dessa forma, vamos garantir a mão de obra para o futuro, pois pretendemos ampliar a fábrica e produzir o primeiro helicóptero concebido aqui mesmo na companhia, afirma.
Paralelamente, a Helibras está buscando profissionais em eventos acadêmicos.
Na semana passada, com o Itaú uma das instituições financeiras que mais têm engenheiros em seu corpo de funcionários a empresa participou de uma feira de carreiras na unidade da Universidade de São Paulo (USP)em São Carlos, que tem um dos mais disputados cursos do país o de engenharia aeronáutica.
Ou fazemos isso ou não conseguiremos preencher os postos que se abrirão com a ampliação da nossa fábri ca, ressalta Mauad. Ainda há uma carência grande para os nossos projetos, admite, lembrando que o Brasil tem uma das maiores frotas de helicópteros do mundo. São quase mil em operação.
Desde a entrada no país,em1979, a Helibras ampliou a sua fatia de mercado 14% para 52%.
Na Embraer, fabricante de jatos comerciais regionais, a retomada das encomendas fez a empresa recontratar parte dos 4 mil funcionários que demitiu depois do estouro da crise mundial, em setembro de 2008. A empresa está operando hoje com 16 mil empregados espalhados pelo mundo e, para suprir a falta de profissionais especializados, recorreu a parcerias com centros de formação como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O projeto, batizado de Programa de Especialização em Engenharia Aeronáutica (PEE), busca atrair recém-formados em engenharia de diversas áreas. A companhia seleciona 100 engenheiros por ano.
O aumento da produção de jatos executivos na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto tem absorvido grande parte dos profissionais que são formados pela unidade da USP em São Carlos. Para o coordenador do curso de engenharia aeronáutica da instituição, Fernando Martini Catalano, com a fusão das empresas aéreas TAM e LAN, aumentará ainda mais a demanda por engenheiros, pois o centro de manutenção de todas as aeronaves da futura companhia, a Latan, funcionará na cidade do interior paulista.
Tomara que tenhamos condições de atender a tanta demanda, diz.
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