terça-feira, março 23, 2010

Um país misturado - Moral da história: não se pode querer leis raciais para o Brasil sem levar na alma certo incômodo com Brasil tal como ele é: misturado, racialmente indistinto e surdo a apelos raciais.

Um país misturado
José Roberto Pinto de Góes - O Globo - 23/03/2010

O Supremo Tribunal Federal está julgando a constitucionalidade do sistema de cotas raciais adotado pela Universidade de Brasília. A decisão que vier a tomar pode pôr fim à tentativa de governos e ONGs de levar o Estado brasileiro a classificar racialmente os cidadãos, ou incorporar de vez leis raciais ao nosso ordenamento jurídico.
O sistema de cotas raciais da UnB sempre foi escandaloso até para os padrões racialistas, que são muito elásticos. Na sua primeira versão, o candidato às vagas para a raça negra devia anexar uma fotografia à declaração de ser negro. Uma comissão julgava o caso. Aí veio o supremo ridículo, no vestibular de 2007: a comissão certificou a negritude de Alan e recusou a de Alex, irmãos gêmeos idênticos. A exigência da fotografia caiu, mas a comissão ainda existe e é secreta, clandestina. Não é incrível? Um grupo anônimo, sem delegação alguma da sociedade, se arvora o direito de dizer a mim, a você, a qualquer brasileiro, o que somos e a que raça pertencemos. A UnB criou um tribunal racial e a figura jurídica do estelionato racial.
Leia o artigo completo aqui: http://shorttext.com/hwd96dpze7

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