domingo, julho 11, 2010

Serra busca ajuda profética...

O meio ambiente agradece

O meio ambiente agradece
O Brasil está pressionando os EUA para não renovarem o tributo adicional cobrado na importação de etanol, que vence em dezembro, mas há lobby das petroleiras no Congresso americano
Marta Nogueira – Jornal do Brasil

O vazamento de petróleo da BP no Golfo do México – considerado a pior catástrofe ambiental da história dos Estados Unidos – trouxe à tona a discussão sobre a necessidade de se reduzir a dependência global por óleo a partir do maior uso das fontes de energia renováveis.
O momento favorece o potencial brasileiro para a exportação de etanol.
A capacidade produtiva do Brasil é de 7 mil litros por hectare, 2.300 litros a mais que nos EUA, de 4.700 litros por hectare.
Além disso, o etanol brasileiro, à base de cana-de-açúcar, inibe a emissão de 61% de gases do efeito estufa em relação à gasolina, enquanto o álcool americano, feito de milho, emite só 21% menos de CO². Mas de todo o biocombustível produzido no mundo, apenas 10% é negociado no exterior, devido às barreiras tarifárias.
– Os EUA reconhecem que o petróleo é uma energia suja, mas por outro lado há um lobby das petroleiras – destaca Henrique Chaves, professor Universidade de Brasília (UnB).
O governo brasileiro está pressionando os EUA para não renovarem o tributo adicional cobrado na importação de etanol, que vence em dezembro.
Mas ainda há resistência no Congresso americano, porque a taxa de US$ 0,54 por galão (US$ 0,14 por litro) foi adotada desde 1980 para compensar a isenção fiscal concedida às empresas (nacionais e estrangeiras) que adicionam o biocombustível à gasolina. O governo americano gasta US$ 5 bilhões por ano para manter este incentivo.
– Os EUA deverão manter artificialmente a competitividade do seu álcool, que tem características inferiores ao etanol brasileiro – aponta o coordenador do Instituto de Energia da USP, Célio Bermann.
A tarifa extra forma de 30% a 40% o preço do etanol importado pelos Estados Unidos. Apesar da taxa ser classificada como temporária, já dura três décadas.
– Como a tarifa de importação é mais alta que os incentivos, fica muito difícil para o Brasil escoar sua produção nos EUA, que tem o maior consumo mundial de etanol – ressalta a representante da Divisão de Agricultura e Produtos de Base do Itamaraty, Paula Aguiar Barbosa.
– Estamos com várias ações para que esta barreira seja derrubada.
Nós tínhamos uma tarifa (de importação), derrubada no início do ano.
Paula lembra que, além da taxa extra, há a tarifa aduaneira para a importação de etanol nos EUA, que varia de 1,9% a 2,5%.
Dentre as iniciativas brasileiras para incentivar a compra do álcool pelos americanos está o patrocínio à Fórmula Indy, que usa o biocombustível produzido no Brasil.
Os EUA consomem cerca de 50 bilhões de litros de etanol por ano, quase o dobro do consumido em solo brasileiro (27 bilhões por ano) e esperam alcançar a marca de 136 bilhões até 2022, segundo o diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Leão. “Apenas 3 bilhões de litros de etanol vendidos nos EUA são importados.” – Deste montante, os EUA pretendem consumir cerca de 80 bilhões de litros (21 bilhões de galões) de combustível não celulósico avançado (como é classificado o etanol de cana-de-açúcar feito no Brasil) – declara Leão. – Por questões ambientais, eles não podem plantar cana com a nossa eficiência.

Pelicano para o Bom Dia, SP

Caminho aéreo para Teerã

Caminho aéreo para Teerã
Tomado de medo de um Irã nuclear, Israel já teria condição de atacar país, mas nega intenção
Renata Malkes

Enquanto jornalistas, políticos e acadêmicos em todo o mundo aguardam o resultado prático das novas restrições econômicas impostas ao Irã, crescem as apostas israelenses em tecnologia para conter o programa nuclear da República Islâmica. O discurso oficial adotado pelo governo de Israel garante que uma ação militar em solo iraniano está descartada num futuro próximo, mas não esconde o fato de que o temor da nuclearização de Teerã é hoje um dos únicos — senão o único — consenso nacional no país: Israel está seguro de que um Irã nuclear ameaça sua existência e crê que sanções não são obstáculos no caminho rumo à bomba.
O premier Benjamin Netanyahu vem enfrentando crescentes pressões de seu governo conservador — sobretudo do ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, do partido ultranacionalista Israel Beitenu — por dar ao mundo a impressão de que Israel concorda em deixar a questão iraniana nas mãos de Washington, mas, internamente, a única certeza quanto ao destino das milhares de centrífugas iranianas é a de que todas as opções estão sobre a mesa.

Mísseis balísticos podem ser opção
Há três meses, entrou em operação o que Israel considera um dos atores principais de uma eventual ofensiva ao Irã: o novo avião não tripulado Eitan, com autonomia de voo de cerca de 20 horas sem reabastecimento e a capacidade de carregar dezenas de toneladas de bombas. A chegada da moderna aeronave — do tamanho de um Boeing 737 comercial e completamente controlada por computador — aumentou os rumores de que, mesmo sem apoio internacional, o país poderia ousar uma manobra para impedir que o governo de Mahmoud Ahmadinejad tenha capacidade de produzir sua primeira ogiva nuclear.
— O avião terá potencial de conduzir novas missões longínquas no tempo certo — limitou-se a dizer, enigmático, o comandante da Força Aérea de Israel, major-general Ido Nehushtan.
Não há sequer uma semana sem a divulgação de alguma perspectiva alarmante sobre um suposto ataque israelense às instalações nucleares, nos mesmos moldes do ocorrido em 1981, quando Israel bombardeou e destruiu a usina de Osirak, no Iraque.
Mas, apesar de uma Força Aérea com tecnologia militar de ponta, o analista militar Alon Ben-David, do Canal 10 da TV de Israel, observa que um dos maiores trunfos do país pode ser o fato de que — segundo ele — governo e Exército estejam despistando a opinião pública mundial. Ben-David diz acreditar que a opção militar deva mesmo ser usada somente num caso extremo, mas ressalta: muito se fala num bombardeio aéreo, mas poucos consideram a hipótese de um ataque feito “do quintal de casa”.
— A imprensa internacional dá pouca atenção à capacidade balística de Israel. Pode-se atacar sem sair de casa.
Desde a década de 90, o país tem mísseis Jericó II, que podem ser lançados daqui e atingir um raio de 1.500 quilômetros de distância, cobrindo todo o Oriente Médio. Especula-se que haja uma nova geração de mísseis, que poderiam levar 750 quilos de explosivos e fazer um estrago considerável — arrisca Ben-David.

Um ano treinando para atacar Iraque
Se na política os desafios de uma incursão ao Irã implicam o risco de uma possível reação do Hezbollah, no Líbano, e da Síria — que poderiam levar a região a um confronto de grandes proporções — no campo militar, a República Islâmica virou um quebra-cabeças para os estrategistas israelenses: bem guardado, o programa nuclear de Ahmadinejad está espalhado em vários distritos, muitas instalações são subterrâneas e há ainda a longa distância de cerca de 1.300 quilômetros de voo de qualquer ponto de Israel até a fronteira iraniana.
O coronel de reserva Zeev Raz, chefe da esquadrilha que bombardeou o reator de Osirak, tenta conter a euforia e adverte que, apesar da tecnologia de reabastecimento em voo para enfrentar o longo percurso, a empreitada exigiria participação humana.
— O avião Eitan é uma revolução.
Ele tem capacidade de atrapalhar as comunicações de rádio do inimigo e servir como espião, captando imagens em alta definição, mas ainda não podemos fazer uma guerra controlada por joysticks de computador. Acredito que o Eitan deve ser trabalhado, precisa de acertos tecnológicos. Seria necessário o acompanhamento de uma esquadrilha de dezenas de caças F-16 tripulados — afirmou Raz ao GLOBO.
O ex-piloto lembra ainda o desafio emocional de missões de grande porte.
Segundo ele, quando o governo Menachem Begin autorizou a ofensiva, todos sabiam que a missão poderia acontecer: foi um ano de treino exaustivo no Mar Mediterrâneo e em cápsulas de simulação. Somente Raz e Ilan Ramon — piloto que se tornou o primeiro astronauta do país e morreu em 2003, na explosão do ônibus espacial Columbia, foram avisados com antecedência — de semanas.
— Eu e Ilan, que fez os mapas, sabíamos, mas os outros pilotos foram avisados só alguns poucos dias antes da partida. O emocional também é um adversário — opina ele, descartando uma ação-supresa.
Evitando conflitos com seus aliados, semana passada foi a vez de o chefe do Estado-Maior do Exército, Gabi Ashkenazi, prometer ao senador republicano John McCain, que visitou o país, que Israel não tem intenções de ataque. Mas as veementes negativas do governo de Jerusalém — intercaladas por ocasionais eclosões retóricas contundentes — não convencem nem quem acha exageradas as preocupações com o regime dos aiatolás.
Um histórico de decisões impensadas — como a que levou Israel a invadir o Líbano em 1982, ou mesmo como a que fez o país anexar territórios após a vitória na Guerra dos Seis Dias — oficializa a sensação de guerra iminente.
Para o professor Hagai Ram, da Universidade Ben Gurion, autor de “Iranofobia, a lógica de uma obsessão israelense”, o país deve agir caso seja ameaçado, sem esperar por ajuda externa, mas ressalva: Israel dá demasiada importância ao Irã.
— Há um consenso irracional e até desproporcional no entendimento da ameaça iraniana. Para Israel, se o Irã tiver acesso a armas de destruição em massa, o objetivo será nos destruir.
Aqui, não é preciso ser um neoconservador para desejar o fim do Irã — admite o pesquisador.

Arriba España!

O amor é lindo!

Newton Silva, para O Jangadeiro Online

Advogada e estagiário presos em flagrante durante audiência

Advogada e estagiário presos em flagrante durante audiência
Publicado no Espaço Vital - http://www.espacovital.com.br

A advogada Liliane Rodrigues Menezes (OAB-RS nº 75.333)  e o estagiário Ricardo Soares Machado foram presos em flagrante pela juíza Patricia Iannini dos Santos, durante audiência realizada na 1ª Vara do Trabalho de Alvorada (RS). A advogada pelo delito tipificado no art. 355 do Código Penal (tergiversação);  o estagiário pelos delitos tipificados nos arts. 307 e 355 do Código Penal e art. 47 da Lei de Contravenções Penais,.
Os fatos ocorreram no dia 14 de abril deste ano e os fatos foram oficialmente comunicados na última sexta-feira (11) à OAB-RS, onde foi aberto procedimento ético-disciplinar. Liliane e Ricardo tiveram suas prisões relaxadas após deporem e respondem a inquérito criminal que tramita na PF de Porto Alegre. Nos próximos dias o inquérito - que está em fase de conclusão - será remetido à Justiça Federal.
No dia 14 de abril, às 14h30min, aberta a audiência, foram apregoadas as partes litigantes no processo nº 0000251-89.2010.5.04.0241: o reclamante Anderson Wagner Oliveira Severo e a reclamada Mercosul Fibras Indústria e Comercio Ltda. Acompanhando o trabalhador, apresentou-se um homem dizendo ser o "doutor Roberto Estevan Rego da Rosa", informando que o seu número de inscrição na OAB-RS era nº 71.533/RS. 
Estava também presente o preposto da reclamada, Christian Ávila da Silva, acompanhado da advogada Liliane Rodrigues Menezes, que juntou cópia do contrato social, carta de preposto e procuração. 

A juíza Patrícia estranhou que o "advogado Roberto Estevan" dissesse estar sem sua identidade profissional, nem qualquer outro documento, além de "não saber de cór o número de seu CPF e de sua cédula de identidade". Questionado sobre sua filiação, "o advogado Estevan" disse "não saber informar o nome de seus pais".Questionado mais uma vez, ele confessou ser Ricardo Soares Machado, conforme identidade de estagiário afinal apresentada.  Em seguida, mediante a presença de servidores da Vara e da segurança do foro trabalhista foi determinado às partes e ao estagiário Ricardo que se retirassem da sala. Foi chamada também a Brigada Militar.

De imediato passou a ser tomado o depoimento da advogada Liliane Rodrigues Menezes. Ela disse que "conhece o advogado da outra parte Ricardo Soares Machado; que Ricardo trabalha com a depoente e é estagiário, mas é ele quem faz os processos trabalhistas; foi passado à depoente que na comarca de Alvorada o estagiário poderia fazer audiências de conciliação, por isso ele veio junto hoje; que Ricardo também trabalha no escritório de Roberto, não tendo escritório fixo e prestando serviços para vários escritórios de Alvorada; não conhece Roberto Estevan Rego da Rosa, mas sabe que é advogado e que ele é amigo de Ricardo; nunca atuou juntamente com Roberto a não ser que "tenham colocado o nome da depoente junto sem seu conhecimento". A advogada Liliane disse também que "não faz peças trabalhistas, mas somente audiências, assinando as peças, que na maioria são feitas por Ricardo". Dada vista a ela de cópia de um documento extraído do processo nº 0108900-85.2009.5.04.0241, que também tramita na JT de Alvorada, a depoente Liliane afirmou que "não reconhece sua assinatura em tal documento, sendo que o escritório às vezes faz uma rubrica no lugar da assinatura da depoente, o que foi autorizado por ela". 
Chamado de volta à sala, Ricardo admitiu que "não possui inscrição de advogado, é estagiário da Dra. Liliane Rodrigues Menezes e esta comentou com o depoente que a empresa reclamada estava demitindo vários funcionários". Como ele "possuía alguns amigos trabalhando na empresa, viu uma oportunidade de conseguir causas trabalhistas". Segundo o termo de audiência, "a partir disso, Ricardo montou uma mesa no escritório de sua mãe e começou a trabalhar com reclamantes e manteve processos que tinha com o escritório de Liliane, mas não atua nos processos da reclamada Mercosul".
Já com a chegada de policiais militares, a juíza deu voz de prisão "à advogada Liliane Rodrigues Menezes, pelo delito tipificado no art. 355 do Código Penal (tergiversação) e de Ricardo Soares Machado, pelos delitos tipificados nos arts. 307 e 355 do Código Penal e art. 47 da Lei de Contravenções Penais, com encaminhamento dos flagranteados à Polícia Federal e comunicação imediata ao presidente da OAB-RS, tendo em vista a prerrogativa legal".  Tendo em vista a singularidade do caso, os PMs pediram, via rádio,  orientação ao comando do policiamento, sendo orientados de que o caso passava a ser de competência da Justiça Federal, porque a fraude estava sendo cometida em órgão do Poder Judiciário Federal.
Os dois presos foram encaminhados, então, à PF em Porto Alegre. A Subseção da OAB de Alvorada já fora acionada e o presidente Alvides Benini compareceu imediatamente, sustentando que os dois presos não poderiam ser algemados. O pedido do dirigente foi acatado. Considerando os fatos, a juíza suspendeu a audiência, designando nova data: 24.05.2010, às 14h, quando as partes deveriam comparecer.
Nessa segunda data, a magistrada sentenciou de forma objetiva: "tendo em vista os fatos narrados na ata das fls. 17/18 e os ocorridos no processo nº 0000251-89.2010.5.04.0241 cuja ata é ora anexada - bem como a existência de cerca de dez ações idênticas ajuizadas em curto período - julgo extinto o presente processo, sem resolução de mérito, na forma do art. 267, inciso XI c/c com o art. 129 do CPC, aplicáveis subsidiariamente ao processo do trabalho, por força do art. 769 da CLT".  Foi determinado fosse oficiado ao Ministério Público Federal e novamente à OAB-RS. A preocupação em enviar novo comunicado foi em decorrência da constatação na Justiça do Trabalho de Alvorada de suspeita de dez outros casos semelhantes de simulação e fraude processual. 
Contraponto
O advogado Roberto Stevan (OAB-RS nº 71.533), cujo nome aparece referido nos depoimentos constantes do termo da audiência - e que, comprovadamente, não participou da solenidade - enviou e-mail ao Espaço Vital afirmando que "estão sendo apurados os fatos".
.Onde foram enquadrados a advogada e o estagiário Advogada Art. 355 do Código Penal - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado: Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

Estagiário Art. 307 do Código Penal - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Art. 355 do Código Penal - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:  Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

Art. 47 da Lei das Contravenções Penais - Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício:  Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa.

Brasil produz pouca inovação tecnológica e perde mercado

Brasil produz pouca inovação tecnológica e perde mercado
País pode deixar escapar oportunidades se novo presidente não reforçar setor
Henrique Gomes Batista

O forte crescimento brasileiro este ano, que pode ser superior a 7%, esconde uma dura realidade: a economia cada vez mais depende de produtos básicos, o que distancia o Brasil das potências tecnológicas. Apesar dos esforços recentes, o país ainda está em posição ruim no ranking mundial de patentes, e o crescimento das pesquisas ocorreu em velocidade menor do que nos países asiáticos, como Coreia do Sul, China e Índia. Especialistas dizem que o Brasil corre o risco de perder oportunidades nas novas fronteiras do conhecimento, caso o próximo presidente não reforce o setor.
O professor Carlos Henrique Brito Cruz, diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), cita números que comprovam que o Brasil não está ganhando posições no ranking mundial da inovação.
Em 1994, o país pediu o registro de 60 patentes no escritório americano de propriedade intelectual (USPTO, na sigla em inglês). No ano passado, foram 106 pedidos. Entretanto, a produção do país, nesses dois momentos, representou apenas 0,06% do total mundial. A Coreia do Sul saltou de uma participação de 0,93% das patentes mundiais em 1994 para 5,24% no ano passado. O mesmo se repetiu com a China, a Espanha, a Rússia e a Índia (veja quadro).
— Há casos bem sucedidos, principalmente em áreas como o agronegócio, em petróleo e aviação, mas o problema da inovação está por se resolver.
A pesquisa ainda não é parte da estratégia empresarial brasileira. O Brasil está longe das fronteiras do conhecimento.
E o governo não tem metas ambiciosas, como ter quatro universidades entre as cem melhores do mundo, ao contrário de apenas uma, atualmente — diz.
De acordo com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), há 23 empresas que, em 2009, registraram mais patentes globais do que o Brasil. Entre as cem empresas com mais patentes registradas, nenhuma é brasileira. O mesmo se repete no ranking universitário: não há nenhuma instituição nacional entre as 52 mais produtivas do planeta.
Em 2009, pela primeira vez desde os anos 70, seis produtos básicos (soja, farelo, petróleo, açúcar, minério de ferro e carne de frango) responderam por um terço das exportações brasileiras. O peso dos manufaturados nas exportações, que sempre ficava entre 50% e 60% nos anos 90 e 2000, está desde 2007 abaixo de 50% das exportações — fechou 2009 no piso, 44,02%

Gargalos e câmbio dificultam inovação
O presidente do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Jorge Ávila, reconhece que o país ainda tem uma taxa de inovação abaixo de seu potencial, mas vê mudanças: — O Brasil está no time dos novos inovadores, mas talvez seja o mais recente de todos. A nossa matriz nunca foi criativa, temos que mudar isso.
Ávila diz que os problemas de gargalos na infraestrutura do país e a taxa de câmbio, com o real valorizado, dificultam a inserção dos produtos brasileiros no mercado externo e, assim, não incentivam a pesquisa.
— Não podemos esquecer, contudo, que há muita tecnologia por trás de produtos básicos — disse o presidente do INPI, embora muitos especialistas afirmem que a pesquisa em produtos básicos aumenta a produtividade, não seu preço.
Carlos Gadelha, vice-presidente da Fiocruz, reconhece os avanços, mas afirma que, além do problema histórico, o país precisa avançar nos marcos regulatórios, para ampliar as parcerias entre instituições de pesquisa e empresas. Ele afirma que os tribunais de contas também precisam entender que as compras do setor são distintas e que, muitas vezes, o equipamento necessário não pode ser o mais barato.
Além disso, ele lembra que faltam recursos: — O Brasil possui um déficit comercial anual em remédios de US$ 8 bilhões. Se o investimento em pesquisa triplicasse, de R$ 200 milhões para R$ 600 milhões, o déficit do setor poderia cair até 25%, ou US$ 2 bilhões. Temos que vencer a resistência dos pesquisadores, que no Brasil sempre foram muito acadêmicos. O Brasil é mais forte em ciência do que em inovação.

Orçamento anual da Embrapa é de R$ 1,8 bilhão
O chefe da assessoria de inovação tecnológica da Embrapa, Filipe Teixeira, afirma que dinheiro, em sua instituição, não é problema: o orçamento anual está em R$ 1,8 bilhão. Mas ele afirma que a tradição brasileira tem de ser mudada: — Somos o 13º país que mais publica textos acadêmicos, mas estamos na 24º posição no ranking de patentes — disse.
Entre as propostas de governo registradas no TSE pelos três principais candidatos à Presidência, Dilma Rousseff detalhou mais as ideias para a inovação. Marina Silva (PV) também reconhece a importância do tema, e diz que o conhecimento pode ajudar na transição para uma economia mais sustentável. Já José Serra (PSDB) cita a importância de se priorizar a renovação do ciclo de riqueza.

BNDES atua como orçamento paralelo

BNDES atua como orçamento paralelo

AE  Agencia Estado

BRASÍLIA - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) se agigantou nos últimos três anos e é responsável hoje por uma espécie de orçamento paralelo do governo Lula. Braço auxiliar da política econômica do governo, o BNDES faz desembolsos maiores do que o Banco Mundial (Bird) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) graças a uma estratégia de repasse de recursos subsidiados pelo Tesouro Nacional.
Todas as principais políticas econômicas adotadas pelo governo têm um pé no banco estatal. Esse novo desenho financeiro de financiamento público ganhou espaço depois da crise financeira internacional de 2008 e tem garantido ao presidente Lula e sua equipe o poder de interferir decisivamente nos principais negócios empresariais de fusão, aquisição e novos investimentos em curso no País. Tudo passa hoje pelo BNDES.
O dinheiro mais barato oferecido pelo BNDES - com a alavancagem subsidiada pelo Tesouro, sem que para isso a União tenha feito uma capitalização nos moldes tradicionais - vem permitindo que as empresas consigam financiamento com taxa de juros muito inferiores à do mercado. Em alguns casos, as taxas até são negativas, abaixo da inflação.
Essa política garantiu que a taxa de investimento do País voltasse a crescer rapidamente depois do tombo do ano passado, acelerando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na reta final do governo Lula. Por outro lado, abriu o debate sobre o custo no futuro para os cofres do Tesouro e a transparência dessa política de concessão de financiamento barato para as empresas - na maioria grandes conglomerados - em um modelo em que o governo estaria escolhendo vencedores na economia brasileira. Em 2009, os desembolsos bateram recorde com R$ 137,3 bilhões. De janeiro a maio deste ano alcançaram R$ 46 bilhões, com alta de 41%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Principais obras da Copa ainda não saíram do papel

Principais obras da Copa ainda não saíram do papel
O Globo - A um ano do 1º evento, aeroportos não têm padrão exigido

A Copa da África do Sul acaba hoje, e o Brasil começa a correr para deixar em condições estádios e aeroportos das 12 cidades-sede para 2014. Mas muito pouco foi feito e ainda há muito o que fazer, a um ano do primeiro evento, o sorteio para as eliminatórias em julho de 2011. Em Recife e São Paulo, por exemplo, as áreas para a construção de novos estádios não passam de matagais. No Rio, local do jogo final e, possivelmente, da abertura, as obras ainda nem foram licitadas. A situação dos aeroportos é ainda mais grave, sendo esta a principal preocupação do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O terminal do Tom Jobim/Galeão está passando por mais uma maquiagem, um exemplo do embate que se arrasta há cinco anos no governo Lula, que impede a concessão dos terminais à iniciativa privada.

Garça-vaqueira, Florida


Fotografia por Lim Troy

Fausto, para o Jornal Olho Vivo

Tensão na sinfonia

14/07/2010 - Cultura
Tensão na sinfonia
DLetícia Pimenta, na Veja Rio
Com seu apreço pelo rigor e pela excelência, o maestro Robert Minczuk implantou uma pesada rotina de trabalho na mais importante orquestra carioca. Além de melhorar a qualidade do conjunto, ele despertou a fúria dos músicos, com quem vive em permanente estado de guerra
Um simples convite para o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o maior evento de música clássica da América Latina, provocou recentemente um motim na Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Inconformados com as condições da apresentação, marcada para sexta 9, os músicos exigiam seu cancelamento. Estavam tão contrariados que enviaram uma carta ao conselho curador da instituição, formalizando o pedido e reclamando acintosamente da hospedagem na cidade de São José dos Campos, a 90 quilômetros do concerto. No texto da correspondência, a insatisfação se concentrava nos deslocamentos que seriam feitos e em como os trajetos deixariam todos exaustos. Nas entrelinhas, havia algo mais. A decisão de registrar a queixa foi um importante capítulo na queda de braço travada entre os instrumentistas e o paulista Roberto Minczuk, que há cinco anos comanda o processo de reestruturação do conjunto. Cansados do seu estilo linha-dura, de sua filosofia militar, das horas e horas de ensaios, os artistas tentaram uma manobra para constranger e enfraquecer o regente a poucos dias do término de seu contrato, que se encerra no fim do mês. Em vão. Encantado com seu desempenho, o conselho manteve o espetáculo na cidade paulista, em um claro respaldo à posição do maestro. E mais: já decidiu que vai renovar seu compromisso até 2015. Mas a tensão entre o dono da batuta e seus subordinados não deve diminuir por causa desse episódio. Ao contrário. Vai permanecer aguda até que um dos lados resolva ceder, um cenário improvável no momento. “Vou transformar esta orquestra em referência internacional até a Olimpíada”, planeja Minczuk, 43 anos. “Não pretendo desistir antes disso.”
Injetar ânimo novo em uma estrutura decadente, minada pelo comodismo, é provavelmente um dos desafios mais complexos em termos de liderança, seja em uma sinfônica, seja em uma empresa, seja em uma redação de revista. A resistência às mudanças é natural, uma reação instintiva por parte de quem se acostumou a viver em uma zona de conforto. O roteiro dessa ópera é conhecido. Um belo dia, alguém novo, em geral com um histórico completamente diferente do daqueles que ali estavam, chega e diz que tudo o que era feito antes precisa ser transformado. Os objetivos agora são outros. Os critérios de avaliação também. Quem antes estava por cima passa a ter de provar novamente o seu valor, e, nessa trajetória, alguns são mandados embora. Por tudo isso, é compreensível que o organismo afetado procure rejeitar, com todas as suas forças, esse “invasor”. Encarado como um forasteiro, Minczuk encarna esse papel à perfeição. Desde que assumiu a orquestra, em agosto de 2005, já enfrentou sucessivas rebeliões e demonstrações explícitas de desapreço. É acusado de instaurar um regime marcial, com uma rotina de longos ensaios e um altíssimo grau de exigência técnica. Dependendo do ponto de vista, poderia ser até admirado por tais características. Os músicos, no entanto, não estão nada felizes com o ritmo adotado. Eles reclamam da redução nas folgas e de tendinite. Dizem que ele é ríspido no trato e pouco sensível aos desejos do conjunto. Resumo da ópera: um déspota sem coração. “Ele é inacessível, mal escuta o que temos a dizer”, ataca um instrumentista que pediu para não ser identificado.
Clima pesado: os instrumentistas ficaram revoltados com ensaios antes dos jogos do Brasil
De fato, o regente não se incomoda em ser odiado. Imbuído da necessidade de mudança, uma de suas primeiras medidas foi demitir, logo de cara, 15% dos 91 componentes da OSB. Motivo: não eram suficientemente bons para permanecer em seu time. Na busca pela excelência, não sai do seu planejamento nem mesmo em situações extraordinárias, como a Copa do Mundo. Na sexta-feira 2, dia do jogo em que o Brasil foi eliminado pela Holanda, exigiu que todos participassem de um ensaio matinal entre 8 e 10 horas. A partida começava às 11. “São atitudes assim que nos deixam chateados. Ele é grosseiro, não abre exceções e trata mal todo mundo”, diz outro músico descontente. Firme nos seus propósitos, o maestro vê certo exagero nas críticas, mas admite que pauta suas ações pelo rigor. “Muitos reclamam que sou rígido. Mas sem pulso firme um barco como esse desanda. A posição de liderança nunca é fácil”, reconhece Minczuk. E fica particularmente mais complicada em uma estrutura na qual os instrumentistas sempre tiveram um grande poder de influência. Em movimentos muito semelhantes ao que o paulista enfrenta agora, eles conseguiram destituir Roberto Tibiriçá em 1998 e Yeruham Scharovsky em 2004. Em ambas as oportunidades, os antecessores não aguentaram a pressão que vinha de baixo. No caso atual, a contenda será bem mais difícil. “O que conta são os resultados. E isso ele tem apresentado”, diz o economista Eleazar de Carvalho Filho, diretor do conselho da OSB.
Em sua chegada, Minczuk encontrou uma sinfonia em escombros. Com salários atrasados, os músicos suspendiam o trabalho e as paralisações eram frequentes. O jovem regente e diretor artístico, então com 38 anos, deu início a um novo ciclo na instituição, que recuperou o prestígio e as finanças. Uma de suas primeiras medidas foi trazer o paulista Ricardo Levisky, ex-diretor de marketing da Osesp, para adotar no Rio as mesmas estratégias aplicadas em São Paulo. Deu certo. A OSB contava com seis empresas mantenedoras. Hoje são 33, entre elas a mineradora Vale, o grupo britânico Orient Express e as Organizações Globo. Devido aos patrocínios e ao número de apresentações, que saltou de 59 para 85 ao ano, a receita cresceu de 6,4 milhões para 35 milhões de reais. E os instrumentistas, que tanto reclamam, viram a remuneração média aumentar de 2 200 para 6 000 reais. É óbvio que, diante de tais circunstâncias, o padrão mudou — em todos os sentidos. Do ponto de vista artístico, o conjunto carioca tem incorporado ao repertório peças cada vez mais complexas. É o caso da faraônica 3ª Sinfonia do austríaco Gustav Mahler (1860-1911), a maior de todas já compostas, com uma hora e quarenta minutos de duração. A obra foi escolhida a dedo para ser mostrada em Campos do Jordão. Ao todo, Minczuk escalou mais de 100 componentes para o concerto, um coro adulto e o recém-criado coro infantil da OSB, composto de quarenta crianças. “Precisamos de desafios”, prega o maestro, que tem salário estimado em cerca de 100 000 reais mensais. FOTO: Avaliação de candidatos: a exigência cresceu, mas o piso salarial triplicou nos últimos anos
Sede da Filarmônica de Berlim: conflitos entre músicos e regentes
são comuns em outros países

No mundo da música clássica, a figura do regente todo-poderoso, acima do bem e do mal, é recorrente. O primeiro a encarnar seu papel, com status estelar, foi o italiano Arturo Toscanini (1867-1957), comandante de orquestras como a do Metropolitan Opera e a Filarmônica de Nova York. Famoso por seu perfeccionismo e por sua excepcional atenção aos detalhes, ele debutou no posto durante uma turnê no Rio de Janeiro, aos 19 anos, em 1886. Na ocasião, era violoncelista de uma companhia que encenaria a ópera Aída, de Giuseppe Verdi (1813-1901), no antigo Teatro Lírico, no centro da cidade. Em meio aos ensaios, uma crise envolvendo instrumentistas e cantores levou o maestro a abandonar o cargo (qualquer semelhança não é mera coincidência). Toscanini o substituiu por conhecer a obra em detalhes. Ele não usou nem mesmo a partitura para reger, um hábito que marcaria toda a sua carreira. Irascível, tirano no estilo de liderança, costumava chamar seus subordinados de cães. Outro condutor famoso pelo rigor com que tratava — e destratava — a equipe era o austríaco Herbert von Karajan (1908-1989), figura central da Filarmônica de Berlim por 34 anos, até sua morte. Considerado o maior do século XX, ele exigia ser tratado por “Herr Dirigent”. Nos rompantes de fúria, dizia que ia queimar os artistas vivos (veja o quadro abaixo). Toscanini e Karajan levaram ao paroxismo uma posição que começou a se consolidar em meados do século XIX, na passagem do barroco e do clássico para o romântico e o pós-romântico, quando as formações aumentaram drasticamente de tamanho. Sem a figura centralizadora, sem uma rígida hierarquia de posições e funções, seria praticamente impossível manter coeso e em alta performance um conjunto que chega a uma centena de componentes. “É uma relação sempre conturbada, não importam a orquestra ou o país”, minimiza David Zylbersztajn, membro do conselho curador da OSB. “Aqui não seria diferente.”

Muito do modus faciendi de Minczuk vem de sua biografia. Filho de um sargento da polícia militar, descendente de russos, o maestro aprendeu a tocar trompa aos 6 anos obrigado pelo pai, um apaixonado pelo tema. Nesse tempo, não podia sequer jogar futebol, para não perder o foco no instrumento. Aos 12 anos, de forma espetacular, conseguiu um lugar na OSB e, logo depois, ganhou uma bolsa de estudos na prestigiada Juilliard School, em Nova York. Nessa época, começou a reger na igreja que frequentava em Nova Jersey. Em 1987, desembarcou em Leipzig, Alemanha, onde ingressou na orquestra Gewandhaus, então comandada por Kurt Masur. O alemão o transformou em pupilo e foi um dos grandes incentivadores para que aceitasse o convite carioca em 2005. Antes disso, Minczuk já havia regido cerca de oitenta conjuntos internacionais, entre eles a Filarmônica de Londres e a de Israel, e três das “Big Five”, as cinco grandes americanas (esteve à frente da Filarmônica de Nova York, da Sinfônica de Filadélfia e da Sinfônica de Cleveland, faltando apenas Boston e Chicago para completar o ciclo). Ao longo de sua trajetória, sempre trabalhou de forma intensa. “Muitos me chamaram de maluco. Eu poderia morar em qualquer país, mas o desafio falou mais alto”, afirma o paulista, com a falta de modéstia típica dos bem-sucedidos. Pois seu objetivo agora, como ele mesmo disse, é transformar a OSB em referência internacional até a Olimpíada de 2016. Com isso, ganharão a cidade e os próprios músicos. Mas eles precisam compreender que se trata de um caminho sem atalhos. Afinal, toda excelência tem um preço.

Batutas polêmicas
Cinco maestros famosos pelo temperamento irascível e por arrumar encrencas nas orquestras pelas quais passaram


Arturo Toscanini (1867-1957)

Perfeccionista ao extremo, o maestro italiano é tido como o precursor dos regentes tiranos. Costumava chamar seus subordinados de cães. Uma das lendas a seu respeito diz que ele teria cometido um ritual de crueldade nos tempos de conservatório. Com a ajuda de colegas, ele matou, cozinhou e comeu o gato de um professor que odiava

Herbert von Karajan (1908-1989)

Nascido na Áustria, é considerado o maestro mais poderoso do século XX. Simpatizante do nazismo durante a guerra, foi nomeado regente da Orquestra Filarmônica de Berlim em 1955. Ao assumir, anunciou: “Serei um ditador”. Famoso pelas broncas, disse certa vez que gostaria de jogar gasolina nos músicos e queimá-los vivos

Sergiu Celibidache (1912-1996)

Antecessor de Karajan à frente da Filarmônica de Berlim, o romeno inspirava medo, a ponto de seu camarim ser chamado de “a jaula do leão”. Para um único concerto, ele podia exigir mais de dez ensaios. Conhecido pelo sarcasmo, não poupava farpas aos colegas. “Karajan proporcionou grande prazer à humanidade. A Coca-Cola também”

Riccardo Muti (1941) 

O maestro italiano comandou por 24 anos o Teatro alla Scala de Milão. Nesse período, elevou o padrão de qualidade da orquestra e revelou-se um eficiente captador de patrocínios. Em 2005, em assembleia, 700 dos 800 funcionários do teatro votaram pela sua destituição. Dono do apelido Monstro de Milão, costuma criar desafetos por onde passa

Daniel Barenboim (1942)

Argentino naturalizado israelense, é maestro da Ópera Estatal de Berlim. É especialista nos três “B” (Bach, Beethoven e Brahms).Segundo as más línguas, ele se julga o quarto B. Certa vez, em um ataque de fúria, atirou uma partitura no rosto de um músico. Em 2002, foi preterido no posto de regente da Filarmônica de Berlim

W. Eugene Smith//Time Life Pictures/Getty Images (toscanini), DEUTSCHE GRAMMOPHON/DivulgaçÃo (Karajan), STEPHAN JANSEN (Celibidache), Sigi Tischler/AP Photo/Keystone (Muti), divulgação (barenboim)

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