quinta-feira, junho 10, 2010

Tiago Recchia, para Gazeta do Povo


Igreja da Penha fica com as cores do Brasil durante a Copa do Mundo

Nova iluminação - Extra

Igreja da Penha fica com as cores do Brasil durante a Copa do Mundo

Nesta quinta-feira, a Igreja da Penha, na Zona Norte do Rio, passará a brilhar nas cores verde e amarela. Os 20 projetores, com potências de 400 watts e 1.500 watts, usados na tradicional iluminação que destaca a Igreja na pedra, refletirão as cores do Brasil até o final da Copa do Mundo. A Rioluz também coloriu de verde e amarelo a iluminação, recentemente recuperada, das passarelas do Aterro do Flamengo e da fachada do Túnel Novo, que desde esta quarta-feira já pode ser vista pela população.

A Igreja da Penha foi construída em 1635, como igrejinha simples e rústica, pelo capitão Baltazar de Abreu Cardoso, em terras de sua propriedade. Em 1728, a confraria foi transformada em Venerável Irmandade de N.S da Penha de França. Está entre os monumentos mais importantes da cidade e é famosa por sua escadaria de 382 degraus abertos em rocha-viva, onde chegam milhares de romarias e devotos para pagar promessas.

E ele escreveu o artigo há 10 meses!

Uma Silva sucessora de um Silva?

Leonardo Boff*, Jornal do Brasil – Em 16/08/2009

RIO - Não estou ligado a nenhum partido, pois para mim partido é parte. Eu como intelectual me interesso pelo todo embora, concretamente, saiba que o todo passa pela parte. Tal posição me confere a liberdade de emitir opiniões pessoais e descompromissadas com os partidos.
De forma antecipada se lançou a disputa: Quem será o sucessor do carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva?
De antemão afirmo que a eleição de Lula é uma conquista do povo brasileiro, principalmente daqueles que foram sempre colocados à margem do poder. Ele introduziu uma ruptura histórica como novo sujeito político, e isso parece ser sem retorno. Não conseguiu escapar da lógica macroeconômica que privilegia o capital e mantém as bases que permitem a acumulação das classes opulentas. Mas introduziu uma transição de um estado privatista e neoliberal para um governo republicano e social que confere centralidade à coisa pública (res publica), o que tem beneficiado vários milhões de pessoas. Tarefa primeira de um governante é cuidar da vida de seu povo, e isso Lula o fez sem nunca trair suas origens de sobrevivente da grande tribulação brasileira.
Depois de oito anos de governo se lança a questão que seguramente interessa à cidadania e não só ao PT: quem será seu sucessor? Para responder a esta questão precisamos ganhar altura e dar-nos conta das mudanças ocorridas no Brasil e no mundo. Em oito anos muita coisa mudou. O PT foi submetido a duras provas, e importa reconhecer que nem sempre esteve à altura do momento e das bases que o sustentam. Estamos ainda esperando uma vigorosa autocrítica interna a propósito de presumido “mensalação”. Nós, cidadãos, não perdoamos esta falta de transparência e de coragem cívica e ética.
Em grande parte, o PT virou um partido eleitoreiro, interessado em ganhar eleições em todos os níveis. Para isso se obrigou a fazer coligações muito questionáveis, em alguns casos, com a parte mais podre dos partidos, em nome da governabilidade que, não raro, se colocou acima da ética e dos propósitos fundadores do PT.
Há uma ilusão que o PT deve romper: imaginar-se a realização do sonho e da utopia do povo brasileiro. Seria rebaixar o povo, pois este não se contenta com pequenos sonhos e utopias de horizonte tacanho. Eu que circulo, em função de meu trabalho, pelas bases da sociedade vejo que se esvaziou a discussão sobre “que Brasil queremos”, discussão que animou por decênios o imaginário popular. Houve uma inegável despolitização em razão de o PT ter ocupado o poder. Fez o que pôde quando podia ter feito mais, especialmente com referência à reforma agrária e à inclusão estratégica (e não meramente pontual) da ecologia.
Quer dizer, o sucessor não pode se contentar de fazer mais do mesmo. Importa introduzir mudanças. E a grande mudança na realidade e na consciência da humanidade é o fato de que a Terra já mudou. A roda do aquecimento global não pode mais ser parada, apenas retardada em sua velocidade. A partir de 23 de setembro de 2008 sabemos que a Terra como conjunto de ecossistemas com seus recursos e serviços já se tornou insustentável porque o consumo humano, especialmente dos ricos que esbanjam, já passou em 40% de sua capacidade de reposição.
Esta conjuntura que, se não for tomada a sério, pode levar nos próximos decênios a uma tragédia ecológico-humanitária de proporções inimagináveis e, até pelo fim do século, ao desaparecimento da espécie humana. Cabe reconhecer que o PT não incorporou a dimensão ecológica no cerne de seu projeto político. E o Brasil será decisivo para o equilíbrio do planeta e para o futuro da vida.
Qual é a pessoa com carisma, com base popular, ligada aos fundamentos do PT e que se fez ícone da causa ecológica? É uma mulher, seringueira, da Igreja da libertação, amazônica. Ela também é uma Silva como Lula. Seu nome é Marina Osmarina Silva.
*Leonardo Boff é teólogo e autor do livro Que Brasil queremos?, Vozes, 2000.

Márcio Baraldi


'Favela Painting' transforma praça no Morro Dona Marta, na zona sul do Rio

'Favela Painting' transforma praça no Morro Dona Marta, na zona sul do Rio
Projeto comandado por dupla de holandeses também pintou a Vila Cruzeiro, na Penha, e já passou pelo México, Colômbia e Equador
10 de junho de 2010 | 10 h 21

"Optamos por cores flexíveis, que se adaptariam em qualquer região do morro. Os moradores estão adorando. Nosso sonho é pintar todas as casas da comunidade", afirmou Dre Urhahn, de 36 anos.
Os dois estrangeiros são os responsáveis pelos painéis gigantescos que decoram a Favela Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte, uma das mais violentas da cidade, onde ficaram seis meses para executar os projetos.
A dupla também pintou painéis em Pernambuco e regiões pobres do México, Colômbia e Equador. Três pintores descobertos na Vila Cruzeiro e dois de Pernambuco foram contratados para trabalhar no Dona Marta.

Thiago soares and Marianela Nunez Winter Dreams Pdd - Gala China 2008


Cícero, para O Jornal de Brasília


Sem lugar para ingênuos

Sem lugar para ingênuos

09 de junho de 2010 | 0h 00 - Daniel Piza - O Estado de S.Paulo
O sonho dos sul-africanos é ver uma final entre sua seleção e, claro, o Brasil. Em todo lugar aonde vamos, de Sandton a Soweto, entre brancos ou negros, a expectativa é a mesma. E eles não falam isso para fazer média com o interlocutor. Uma final assim soa ideal porque seria um símbolo único: os donos da casa iriam tão bem que enfrentariam a seleção pentacampeã, mais próxima deles do que as europeias. Embora o time de Dunga esteja jogando num estilo mais "europeizado" e todos aqui sintam falta de Ronaldinho, a referência ainda é "Brasil, Brasil!", como eles chamam o tempo todo quando veem a bandeira em nossas camisas.
A coisa será bem difícil para os anfitriões, mas para o Brasil não será tão fácil. Coreia do Norte é time para golear, já que o saldo de gols pode decidir. A Costa do Marfim tem Drogba, apesar do braço fraturado, mas basta que o Brasil jogue o que sabe. O problema maior, apesar da goleada naquele amistoso em Londres, é Portugal, que ontem venceu Moçambique e o gramado em amistoso aqui em Johannesburgo.
Certo, teve o corte de Nani, que fez temporada boa no Manchester, mas o ataque ainda é perigoso. Os jogadores que devem ser marcados de perto são Deco, cujos passes criam as melhores situações, e Cristiano Ronaldo, que ontem entrou no segundo tempo e mostrou que tinha a solução: chutar a Jabulani de longe para quicar no solo irregular e complicar o goleiro. Futebol também é "cosa mentale". Mesmo assim, se o trio de ataque brasileiro funcionar, Portugal é que terá mais dificuldades.
Classificar em segundo no grupo G tem grande risco: provavelmente leva a um confronto com a Espanha, caso seja a primeira do H. Muito se fala da Espanha por seu futebol de toques envolventes, conduzida pelos meias Xavi e Iniesta, mas também por não ser time "de chegada". Como o jogo não seria na reta de chegada, porém, a tese não ajuda... Quem ficar no topo do grupo G tende a pegar os medianos Chile ou Suíça.
Mas aí a coisa complicaria de novo: a chance de pegar a Holanda nas quartas de final é grande. E a Holanda, mesmo que venha a ficar em Robben, tem jogado muita bola. Sneijder, Van Persie e outros formam um time leve, técnico, que os veteranos da defesa brasileira sofrerão para anular. Mais uma vez, o Brasil não pode se deixar levar pela noção de que a Holanda não convence na "hora da verdade". Um dia as noções viram mentira; os números só funcionam no retrovisor.
O roteiro poderia ser pior, afinal as mais tradicionais - Alemanha, Itália, Argentina, Inglaterra - só viriam na semifinal ou na final. O Brasil não está jogando nem acima nem abaixo delas. Alemanha e Itália têm problemas, mas todas as finais desde 1982 envolvem pelo menos uma das três (Alemanha e/ou Itália e/ou Brasil). E Argentina e Inglaterra têm grandes jogadores. O sonho sul-africano seria bem melhor para o Brasil... Mas sonho é sonho e, no futebol, ingenuidade cobra caro. Jogar "com malícia e atenção", no verso de João Cabral, é o único caminho. 

Fifa vetará Morumbi para a Copa de 2014 ainda na África

Fifa vetará Morumbi para a Copa de 2014 ainda na África

Novo projeto 'de requalificação' do Morumbi será enviado na próxima segunda à Fifa pelo São Paulo

SÍLVIO BARSETTI - Agência Estado
Estadão - 09 de junho de 2010 | 21h 33

JOHANNESBURGO - A Fifa anunciará no máximo até o fim do mês a exclusão do estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, da Copa do Mundo de 2014. De acordo com um alto executivo da entidade, que está na África do Sul, não há a possibilidade de a arena ser confirmada como sede do estado de São Paulo no evento. O executivo falou com a Agência Estado na noite desta quarta-feira, em Johannesburgo.
Pouco antes, o Comitê Executivo de São Paulo para a Copa de 2014 emitiu nota oficial na qual comunicava que um novo projeto "de requalificação" do Morumbi será enviado na próxima segunda à Fifa. No entanto, a entidade nem sequer vai analisar o projeto. O comitê tomou a iniciativa depois de concluir que não conseguiria levantar o total de R$ 630 milhões para reformas que deixariam o Morumbi em condições de receber jogos da fase semifinal do Mundial.
Na edição de 13 de abril deste ano, o Estado de S. Paulo antecipou que o Morumbi não seria palco da Copa de 2014. Desde então, houve vários desmentidos oficiais da reportagem que partiram das três esferas de governo, do São Paulo Futebol Clube e do próprio comitê local - todos confirmando o Morumbi como a única arena do estado para o Mundial.
Na visão da cúpula da Fifa, o comitê de São Paulo e o próprio clube blefaram por quase dois anos, com a apresentação de projetos que sempre necessitavam de alguma correção. Entenderam que isso era um jogo de seus protagonistas para ganhar tempo e recorrer a dinheiro público a fundo perdido quando os prazos estivessem se exaurindo.
No momento em que o Comitê Organizador da Copa, presidido por Ricardo Teixeira, aprovou em série todos os 12 projetos técnicos, no mês passado, começou uma corrida contra o tempo para que cada sede apresentasse em 30 dias as garantias financeiras que viabilizariam as obras. Na prática, esses prazos se encerram neste final de semana. Mas a decisão da Fifa, técnica e também política, quanto à exclusão do Morumbi, já vem lá de trás, do início de abril.
A perda do Morumbi para o Mundial, cristalizada na Fifa, pode ser um agravante para o comitê de São Paulo se não for apresentado em pouco tempo uma alternativa da cidade para a realização de jogos na capital. "Se o comitê insistir com o Morumbi e não redirecionar a questão, o estado de São Paulo vai passar a correr o risco de não ter nenhum jogo do Mundial em 2014", disse o executivo da Fifa à Agência Estado. Mesmo assim, a hipótese é remota.

Quem diz eu te amo


Quem diz eu te amo

Pastor Ricardo Gondim

Quem diz eu te amo,
se assemelha à criança que chama pela mãe.
Quem diz eu te amo,
se compromete seriamente.
Quem diz eu te amo,
se dá sem pedir.
Quem diz eu te amo,
se responsabiliza com as esperanças que fez nascer.
Quem diz eu te amo,
se parece com Deus, o eterno amante.
Quem diz eu te amo,
se conscientiza que se vulnerabilizou à dor.
Quem diz eu te amo,
se despede de poder dizer adeus.

Eu te amo.

Com economia aquecida, juro básico brasileiro volta a 2 dígitos

Com economia aquecida, juro básico brasileiro volta a 2 dígitos
Quarta-feira, 9 de junho de 2010 20:46 BRT - Por Isabel Versiani

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central elevou nesta quarta-feira a taxa básica de juros brasileira pela segunda vez consecutiva, em um esforço para esfriar a atividade doméstica em meio a preocupações com a inflação. Em decisão unânime, o BC aumentou a Selic em 0,75 ponto percentual, para 10,25 por cento ao ano, em linha com o esperado pela maioria dos analistas de mercado. Com isso, a taxa voltou ao nível definido em abril do ano passado. Em breve comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) repetiu as palavras da reunião anterior de que dá "seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias ao cenário prospectivo da economia, para assegurar a convergência da inflação à trajetória de metas".
O anúncio foi feito um dia após dados mostrarem que a economia brasileira cresceu a uma taxa robusta no primeiro trimestre, enquanto a maior parte dos países ainda patina para combater os efeitos da crise global. Também se deu depois da divulgação de indicadores domésticos de inflação de maio apontando que ainda há pressões de preços. O IGP-DI do mês passado foi o maior em quase dois anos e o IPCA, embora tenha desacelerado, registrou aumento dos núcleos. Entre o anúncio dos indicadores e a decisão do Copom, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em discurso que fará "qualquer coisa" para não deixar a inflação voltar. "Da minha parte, eu vou controlar a inflação", disse.
De um total de 21 instituições financeiras consultadas pela Reuters, 19 já esperavam o aumento de 0,75 ponto da Selic, enquanto duas apostavam em alta de 0,50 ponto. Os analistas agora aguardam a divulgação da ata da reunião do Copom, na próxima semana, para sinais sobre os próximos passos do colegiado. "O BC manteve a estratégia de fazer mais para fazer menos, ou seja, aperto maior por um período mais curto", avaliou o economista-chefe do WestLB, Roberto Padovani. "A discussão agora é sobre o tamanho desse ciclo. Agora tem que ler a ata para saber a visão do BC sobre o cenário externo."
RITMO DA ATIVIDADE
O crescimento do PIB no primeiro trimestre foi de 2,7 por cento frente ao trimestre anterior e de 9,0 por cento na comparação anual --maior aumento da série, iniciada em 1995. A tendência é de desaceleração ao longo do ano, em parte por conta da retirada de estímulos fiscais adotados pelo governo para enfrentar a crise global. Mas, ainda assim, a avaliação de economistas é de que o crescimento em curso não é compatível com a capacidade da economia brasileira, por conta de gargalos em áreas como infraestrutura e na oferta de mão de obra. As expectativas de inflação do mercado para 2010 e 2011 estão acima da meta do governo, de 4,5 por cento.
O IPVCA, índice de inflação ao consumidor usado como parâmetro para as metas, perdeu força no mês passado refletindo um arrefecimento dos preços de alimentos. Mas os núcleos, que desconsideram os preços mais voláteis, aceleraram, segundo cálculos de economistas. "Vejo que o BC já perdeu o controle sobre os preços neste ano", afirmou Clodoir Vieira, economista-chefe da corretora Souza Barros. "O que está fazendo é se preparar para 2011, agindo agora, já que o cenário para este ano aponta uma inflação elevada." O Copom voltará a se reunir nos dias 20 e 21 de julho.
(Reportagem adicional de Ana Nicolaci da Costa, Aluísio Alves, Paula Laier e José de Castro)
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Desenhos Engraçados

Pastor Mark Driscoll nos leva a uma breve reflexão sobre o aborto nos casos de estupro. Qual deve ser a posição do crente?


Planeta Saturno numa ocasião rara

O planeta Saturno, captado pelo telescópio espacial Hubble em uma ocasião rara, que permite observar os dois polos ao mesmo tempo.


Mariano, para A Charge Online


Cliffs of Moher, Irlanda - Fotografia de Jim Richardson, National Geographic

Os penhascos de Moher em torno da costa oeste que envolve o condado de Clare. Uma vista deslumbrante sobre o Oceano Atlântico. Os penhascos rochosos alcançam 702 pés (214) metros em seu ponto mais alto e se prolongam por quase cinco milhas (oito quilómetros) de extensão .

É preciso recomeçar a viagem - José Saramago


É preciso recomeçar a viagem

 "A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: “Não há mais que ver”, sabia que não era assim. O fim da viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já."

José Saramago, via O Caderno de Saramago

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