quinta-feira, abril 22, 2010

Pior, ou quase, do que as leis penais e suas conhecidas aberrações é a resignação de certos juízes diante dos absurdos do sistema.

A Justiça resignada e surda
ZUENIR VENTURA - O Globo - 21/04/2010

Pior, ou quase, do que as leis penais e suas conhecidas aberrações é a resignação de certos juízes diante dos absurdos do sistema. Já que não há nada a fazer, parece que o melhor então é relaxar. O exemplo mais recente é o da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal que tirou da cadeia o pedófilo de Luziânia, o qual, em consequência, estuprou e matou seis jovens, suicidando-se depois.
Ao tentar justificar sua decisão, considerada irresponsável até por colegas seus, o magistrado não demonstrou arrependimento, mesmo sabendo, como afirmou, que “por conta dessa lei muitos criminosos sexuais sairão da prisão”.
Enquanto o país se revoltava, o autor da clemência disse que “ficou muito triste”, até porque é pai. “Imagine a situação de uma mãe ver o filho sair e não voltar.” Só que no caso que ele julgou a situação a imaginar era mais trágica ainda.
Não se tratava de uma, mas de seis mães que, por causa de sua decisão, viram seus filhos saírem de casa para não mais voltar: foram trucidados por um criminoso condenado a dez anos e dez meses de prisão, dos quais cumpriu apenas quatro, e tudo indicava que, como pedófilo e psicopata, iria de novo ao encontro do crime, como foi, assim que ganhou a liberdade. “Mesmo sabendo que há risco de reincidência, não posso deixar de cumprir a lei”, disse o juiz, lavando as mãos. Uma sentença de tão grave consequência, porém, não deixou lembrança, pois ele contou que quando leu no jornal “quis ver quem tinha dado a decisão. Infelizmente fui eu”. E assim descobriu o que fizera sem prestar muita atenção.
O álibi do juiz Luís Carlos de Miranda foram os laudos psicológicos e psiquiátricos, um capítulo à parte nesse escandaloso episódio. Segundo ele, os psi “atestaram que Adimar era uma pessoa polida, de pensamento coerente, demonstrava crítica a seus atos, não tinha doença mental e não precisava tomar remédios controlados”. Um pacato cidadão.
É uma peça para ficar nos anais da medicina forense. Se foi mesmo essa a conclusão, quem de fato precisa tomar remédios controlados são os autores do documento. Como foi possível errar tanto? Com essas leis e com esses peritos, muitos criminosos sexuais ainda sairão da prisão para matar, enquanto juízes resignados continuarão tirando o corpo fora e jogando a culpa no “sistema”.
Um pedido de investigação disciplinar contra o juiz Miranda está sendo encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça.
E contra os psis nada será feito?

Junião em Diário do Povo


Une, dune, tê! - Clayton no O Povo


Foi pior para o Rio e pior para o Brasil.

Zero hora para a mudança

RUY CASTRO - Quarta-feira, Abril 21, 2010 - FOLHA DE SÃO PAULO - 21/04/10

 RIO DE JANEIRO - À zero hora de 21 de abril de 1960, os sinos das igrejas cariocas repicaram. Ranchos, blocos e escolas de samba tomaram a Avenida Rio Branco num segundo Carnaval. Bandas de música saíram às ruas tocando "Cidade Maravilhosa", novo hino oficial. Fábricas apitaram, carros buzinaram e houve foguetório nos morros e no asfalto. A cidade saudava a transferência da capital e a inauguração de Brasília, mas principalmente a criação do Estado da Guanabara - a libertação do Rio.

Hoje, parece incrível que o Rio aprovasse a perda da sua condição de capital, mas foi assim. Primeiro, porque não se acreditava que houvesse uma perda: os ministérios, o corpo diplomático e o próprio Congresso continuariam aqui por tempo indeterminado - nenhum político trocaria a Corte por um ermo sem telefone, hotéis, restaurantes, boates, teatros, livrarias, boutiques e onde, para comprar um lápis ou um retrós, era preciso tomar o carro e comer poeira.

Ao mesmo tempo, o Rio, como cidade-Estado, conquistaria a autonomia pela qual sempre lutara. O carioca poderia finalmente eleger seus governantes, capazes de cuidar de buracos de rua ou da falta d'água, sem prejuízo de sua vocação nacional, atlântica e cosmopolita.

Só não se contava com as falsetas da história. De 1961 a 1965, Carlos Lacerda, primeiro governador da Guanabara, ajudou a derrubar Jânio Quadros e João Goulart, e rompeu com Castello Branco, primeiro presidente militar. Os generais-ditadores seguintes, temendo a oposição no Rio, efetivaram a transição para Brasília, onde podiam governar sem a opinião pública.

Para acabar de esvaziar politicamente o Rio, Ernesto Geisel, em 1975, fundiu a Guanabara com o velho Estado do Rio sem consultar cariocas e fluminenses. Foi pior para o Rio e pior para o Brasil.

Na coluna do Ancelmo Gois, a triste realidade do Rio de Janeiro.

50 anos de perdas
A conta é do professor Mauro Osório, da UFRJ, especialista em economia fluminense: 
- Hoje faz 50 anos da mudança da capital para Brasília. 

Só de 1970 a 2007, a cidade do Rio perdeu 62,5% de participação no PIB nacional.

Nasa divulgou nesta quarta imagens inéditas de tempestades solares.

Satélite registra tempestades solares
Satélite SDO tem objetivo de ajudar a prever tempestades repentinas.
Imagem de abril divulgada nesta quarta-feira (21) pela Nasa mostra erupção solar.

Fotos de Observatório Oceanográfico - Fotos do cotidiano

Segundo várias agências de notícias, uma explosão seguida de incêndio ocorrida na noite de terça-feira na plataforma petrolífera da Transocean, chamada DEEPWATER HORIZON, localizada na costa da Luisiana, no Golfo do México, deixou a região em apreensão, já que vários trabalhadores ainda estão desaparecidos. Assim que as primeiras imagens diurnas começaram a aparecer, foi possível perceber que o céu claro e aberto permitiria enxergar a extensão dos danos com as imagens do satélite AQUA. (Imagens obtidas através do programa RAPIDFIRE da NASA - http://rapidfire.sci.gsfc.nasa.gov). A imagem abaixo foi obtida hoje e o céu claro permitiu ver uma mancha de grandes proporções com direção S-SE e um ponto claro na posição da plataforma.


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