domingo, maio 30, 2010

Duke, para O Tempo


SEIS LUARES TRISTES, por XOSÉ LOIS GARCÍA

SEIS LUARES TRISTES
XOSÉ LOIS GARCÍA
PARA FEDERICO GARCÍA LORCA

Tradução de Aricy Curvello


Olla a choiva pol-a rúa,
laio de pedra e cristal.
A alta e formosa luz
escava pedra no vidro,
ausência de labaredas
duma noite no Vilar
e a Lua remói musgo
em gotas de saudade.
Chuva de plenitudes, 
em diálogo co’a noite,
tece a têmera aurora.
No ardor de Compostela
os ecos da pedra gemem
e dança na rocha o luar
com névoas sossegadas
em noite de crisálidas.

  Pol-a testa de Galicia
xa ven salaiando a i-alba.
Já vem carregada de alma
com briosos gladíolos
e perfumada de lua nova.
Pelos cumes da Galícia,
vacas de prata e de nácar
baixam co’a névoa nua
e a Virgem da Barca leva
manto de bíblico linho,
mistura de terra e água.
Os bois levam na barca
liso ouro de tempestade
e a Galícia esperançada,
em sua atalaia mágica,
cobrem-na sombras pagãs.

  Sauces e cabalos núos
creban o vidro das ágoas.
A melancolia cavalga e leva
Ramón de Sismundi em cima,
e no rio da Prata sente
dançar dentro dos olhos
o lume boreal da alma
da vida maltratada e fria.
Triste Ramón de Sismundi,
busca um manto de justiça
e encontra névoas hirtas de frio,
ilusões que se lhe apagam
em suas palavras acesas.
Nas ruas de Buenos Aires,
Galícia, leva nos olhos a lua
e bate nas portas e vai-se.

  Agoa despenada baixa da lúa
cobrindo de lirios a montana núa.
Era a lua despeitada
debruçando-se sobre o mar,
lágrimas sobre o morto tecem
as noites em saudade.
Corpo de fábula e mirto,
leva mortalhas de níquel,
ungüentos de terra nobre,
molhado de poro em poro.
Ai meu irmão afogado,
levas na nuca o luar,
o sol fascina teu rosto,
como un regato extraviado.
Sempre vence a quem muda
a vida, a morte sem atavios.

  Cabelos que van ao mar
onde as nubens teñen seu nítido pombal.
Trotai. Galopai, cavalos,
com desejos em tempo enxuto,
prodígios em altas esferas
custodiam abóbodas luarentas.
A noite alvoroça os galhos,
no pórtico de somas e delírios,
Galícia seu rosto mostra
perfumado de cardos e lírios.
Ai Rosalía! Briosa senhora,
fala-te Federico Garcia,
o que mataram com perfídia,
em Granada de cômaros verdes.
A lua dos teus cabelos
enxuga profanadas lágrimas.

  Nai: É a lúa, é a lúa
na Quintana dos mortos.
Quem bate na Berenguela?
É a lua bebendo sombras
em murchas oliveiras.
Na Quintana dos mortos
as horas da Berenguela
rezam em pétrea chuva
e vibra na vida o cântico.
Rosalía em Compostela
e Federico na Quintana,
a dos mortos e dos vivos,
em crisálida noturna clama
com suas horas violentadas.
Com lapas de lume e brisa
dança a lua na Quintana.


(Barcelona, 16 de setembro de 2006)

XOSÉ LOIS GARCÍA
Nasceu em 22 de abril de 1945, na cidade de Lugo. Aos vinte anos passou a viver em Barcelona, onde estudou em vários cursos de sociologia no Instituto de Ciências Sociais e Políticas que, mais tarde, abandona para ingressar na Universidade de Barcelona, da qual é graduado em Filosofia e Letras. Atualmente, é Diretor do Arquivo Histórico Municipal de Sant Andreu de la Barca (Barcelona). Desenvolveu diversas atividades em prol da divulgação da cultura galega na Catalunha. Conferencista, articulista em várias publicações da Galicia, Espanha e do exterior. Ensaísta, crítico literário e de arte, dramaturgo.


ORENSE, município da Espanha na província de Ourense, comunidade autônoma da Galiza

Amor é fogo que arde sem se ver - Luís Vaz de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões

Ciência e Arte


A ciência descreve as coisas como são;

a arte, como são sentidas, como se sente que são.

FERNANDO PESSOA

Atenção: Foto de Felice Frankel
Linda esta foto aqui em cima, não?!
Pena não ser uma obra de arte.
Pelo menos não de acordo com a sua criadora. Afinal isto nada mais é que uma foto de um experimento com magnetismo: 7 imãs sobre um papel amarelo com um líquido magnético em cima. É o líquido preto que toma estas formas em resposta aos imãs. Vez ou outra aparecem experimentos com imagens estonteantes.

AROEIRA


CONTRA O EXCESSO DE IMPOSTOS

CONTRA O EXCESSO DE IMPOSTOS

EDITORIAL - O ESTADO DE S. PAULO -30/5/2010
Carros e motos formaram filas quilométricas diante de postos de gasolina em oito cidades, na última terça-feira. O motivo não era nenhuma emergência ou temor de falta de combustível. Não era também promoção comercial e, sim, uma extraordinária manifestação de protesto. Alguns postos venderam gasolina a R$ 1,18 o litro, com um desconto de 53% (o preço do litro está girando em torno de R$ 2,49), como parte de um movimento organizado por entidades que buscam conscientizar as pessoas sobre os impostos absurdamente altos que pagam não só para abastecer os seus carros, mas em qualquer compra.
O Dia da Liberdade de Impostos foi idealizado por cidadãos gaúchos e sua primeira manifestação foi realizada em 2003 pelo Instituto Liberdade. Desde então, o movimento se ampliou por municípios do interior do Rio Grande do Sul e, no ano passado, chegou a quatro capitais brasileiras. Neste ano, começou no Rio no sábado e terça-feira se estendeu a outras oito cidades (Porto Alegre, Lageado, Novo Hamburgo, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Vitória e Colatina), que aderiram com entusiasmo ao protesto. Não será surpresa se o movimento vier a se alastrar pelo País, patrocinado por associações empresariais que se queixam com razão da pesadíssima carga tributária.
É claro que os impostos devidos pela venda da gasolina, durante o protesto, foram pagos, mas quem arcou com os custos foram entidades como o Instituto Ludwig von Mises Brasil, em parceria com o Movimento Endireita Brasil, em São Paulo; o Instituto da Liberdade, em Porto Alegre; e outros que compram cotas dos postos. Assim, os consumidores finais ficaram livres do pagamento de ICMS, Cide, PIS e Cofins. O número de postos que forneceram gasolina a preços muito abaixo do mercado era limitado, assim como as cotas de combustível. Em São Paulo, um posto esgotou o seu estoque desonerado da carga fiscal em quatro horas e meia. 
O impacto sobre o consumidor, que sente quanto está deixando de economizar para pagar um caudal de impostos, é muito forte. Ele fica sabendo exatamente quanto lhe é subtraído pela mão do Fisco na compra de combustível. Não são somente os tributos sobre os combustíveis que são abusivos, mas também o são os que pesam sobre a casa própria (49,02%), automóvel (43,63%), refrigerador (47,06%), conta de telefone (46,65% ), açúcar (40,50%) e até sobre o xarope contra a tosse (36%). 
Essa tomada de consciência é importante e a Associação Comercial de São Paulo, como parte do mesmo esforço, instituiu o "Impostômetro", bem à vista dos que passam pelo centro histórico de São Paulo, e que pode também ser consultado pelo site da entidade. Sem parar nunca, somando números em frações de segundo, o "Impostômetro", na noite de 27 de maio, acusava que o total de impostos pagos pelos cidadãos brasileiros aos municípios, aos Estados e à União, desde 1.º de janeiro deste ano, superava R$ 480,836 bilhões.  Não tardará a emplacar R$ 500 bilhões. Os impostos, que vêm crescendo muito, acompanhando o ritmo de atividade da economia, são, na realidade, correspondentes aos gastos públicos, também em expansão acelerada e que não deveriam passar do limite da responsabilidade. Rompido esse limite, como mostram alguns governos da União Europeia (UE), imersos em grave crise fiscal, a solução é cortar na carne. Mas os resultados só virão depois de anos de sacrifício, uma vez que nenhum governo limita os dispêndios estritamente à receita tributária, contratando dívidas. 
Nos Estados Unidos, o U.S. National Debt Clock, como o "Impostômetro" brasileiro, gira implacavelmente. O site desse relógio marcador de endividamento registrou, também em 27 de maio, que a dívida pública dos EUA ultrapassou o recorde de US$ 13 trilhões. No Brasil, o governo continua gastando a rodo, mas a dívida líquida do setor público (42,4% do PIB em abril) até agora está controlada. Mas manter estreita vigilância nunca é demais. Seria de grande utilidade se o Brasil tivesse também um "Gastômetro" e um "Dividômetro". 

INFÂNCIA ESCRAVIZADA

INFÂNCIA ESCRAVIZADA

EDITORIAL- ZERO HORA (RS) - 30/5/2010
A série de reportagens publicada esta semana pelo jornal Diário Gaúcho revelou de forma contundente que crianças e adolescentes engrossam a cada dia o contingente de escravos do crack no Rio Grande do Sul. Não há dados estatísticos que quantifiquem com precisão a parcela da infância gaúcha atingida pelos efeitos nefastos da pedra criminosa. Basta, porém, uma visita a qualquer das incontáveis cracolândias existentes nas principais cidades, em especial na Capital, para que se perceba a presença de meninos e meninas inalando a fumaça da droga ou dominados pelo torpor que ela causa. Nos desvãos das cidades, nas calçadas imundas, sob pontes e viadutos, vegeta uma população de zumbis, hipnotizados pela euforia ilusória da pedra.
Parece incrível que uma sociedade organizada não consiga, ao menos, resgatar as crianças desse feitiço. Mas, infelizmente, tem sido assim. O poder de cobertura do tráfico e o potencial de conquista da droga têm se mostrado incomensuravelmente mais eficientes do que a nossa capacidade de combatê-los. O mais chocante é a inoperância do poder público para agir em nome dos cidadãos contra essa praga que dizima famílias, fomenta a criminalidade e condena milhares de pessoas à mendicância, à prostituição, à doença e à morte. Estima-se que existam atualmente mais de 50 mil gaúchos usuários de crack, entre os quais muitas crianças já com o futuro comprometido.
Há casos verdadeiramente assombrosos, como o do menino de sete anos que começou a usar crack aos quatro, estimulado pelo irmão mais velho. Há famílias inteiras dependentes da droga, pais e mães viciados, filhos desencaminhados, fora da escola, praticando furtos e outros crimes para adquirir a pedra. Há adolescentes grávidas, bebês condenados a nascer com a saúde comprometida.
E a saída é estreita como o cone do funil. Poucos escapam do destino traçado pela pedra, pelo tráfico e pela negligência das autoridades. São raríssimos os centros especializados para tratamento e internação, disputadíssimos os leitos, escassos os medicamentos e os profissionais capacitados a ajudar as vítimas. Mesmo os raros dependentes que têm a sorte de encontrar ajuda ficam invariavelmente sentenciados a sucessivas internações e múltiplas recaídas, como se fosse impossível escapar da armadilha da droga.
Mas há saída: o município de Montenegro, como mostrou a última reportagem da série, está conseguindo vencer o crack, graças ao envolvimento e à mobilização de todos os setores da comunidade. O poder público está fazendo a sua parte, a polícia está agindo, as escolas estão prevenindo e as famílias participam ativamente do movimento Montenegro contra o Crack uma iniciativa que merece ser replicada em outras cidades do Estado. O Rio Grande precisa reagir, não podemos capitular diante da sedução assassina de uma droga que abrevia vidas e extermina futuros.
Parece incrível que uma sociedade organizada não consiga, ao menos, resgatar as crianças desse feitiço.

Em defesa das árvores

(...) "O prazer em cortar árvores, me parece, está ligado à volúpia do poder. Quem corta, tortura ou mata experimenta o prazer de exercer poder sobre o mais fraco. Mas acho que o prazer em cortar árvores está ligado a uma coisa mais sinistra. Suspeito que estejamos vivendo um momento de metamorfose da nossa condição humana. Até agora temos sido habitantes do mundo da vida. Nosso habitat é constituído por florestas, animais, rios e mares. Somos seres biológicos, corpos. Mas agora estamos mudando de casa. Estamos trocando nossa casa biológica por uma outra casa, eletrônica. Há tempos fiz a travessia dos lagos andinos – cenários maravilhosos, entre lagos, vulcões e florestas -, passando por Bariloche e terminando em Buenos Aires. Em Bariloche fiquei conhecendo um casal que fazia o mesmo percurso com dois filhos adolescentes. Fui reencontrá-los numa das ruas centrais de Buenos Aires. "Graças a Deus, estamos aqui", me disse o marido."Já não aguentávamos mais: só lagos, montanhas e árvores. Aqui, felizmente temos os videogames." Virei Hulk na mesma hora e lhe disse: "Tomaram a excursão errada. Seu destino era Las Vegas!"Mas eles nada mais fizeram que expressar de forma grosseira o que já ficou normal. (...)
RUBEM ALVES – Em defesa das árvores – do livro O amor que acende a lua – Editora Papirus, 8ª edição, 2003, pp.22/23

John Coltrane - Every Time We Say Goodbye - 1961

Haiti, quatro meses depois

Haiti, quatro meses depois
Quatro meses após violento terremoto que atingiu o país, os haitianos ainda busca os caminhos da reconstrução. Mesmo com a proximidade da eleição presidencial, marcada para novembro deste ano, parte da população reivindica a saída do atual presidente René Préval. O repórter fotográfico Tiago Queiroz, do Estado de São Paulo, esteve nesta semana no país e mostra a situação no Haiti.

Lixo se acumula na cidade de Belair
Wooddlyne Baptiste, de 9 anos, ferida no rosto durante confronto entre estudantes da faculdade de etnologia e soldados da Minustah. 26/05/2010. Foto: TIAGO QUEIROZ/AE
Presidente René Préval, em sala do Palácio Presidencial, na parte que não foi destruída pelo terremoto. 26/05/2010. Foto: TIAGO QUEIROZ/AE
Cerca de três mil manifestantes andaram pelas ruas de BelAir, reivindicando as saídas do presidente René Préval e da Minustah. 27/05/2010. Foto: TIAGO QUEIROZ/AE
Entrada do Hospital de Campanha do Exército. 25/05/2010. Foto: TIAGO QUEIROZ/AE

O CONTROLE EXTERNO DAS POLÍCIAS

O CONTROLE EXTERNO DAS POLÍCIAS

EDITORIAL - O ESTADO DE S. PAULO - 30/5/2010
Em sessão tumultuada, por causa da velha quizila entre delegados e promotores de Justiça, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, por 29 votos contra 3, a admissibilidade da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria o Conselho Nacional de Polícia e impede que a Polícia Federal e as Polícias Civis dos Estados sejam controladas por integrantes das Procuradorias-Gerais de Justiça e da Procuradoria da República. Pelo inciso VII do artigo 129 da Constituição, a nova instituição tem a prerrogativa de "exercer o controle externo da atividade policial", dispondo, inclusive, de competência para requisitar documentos e informações. 
De autoria do deputado Régis de Oliveira (PSC-SP), a PEC agora será analisada no mérito por uma comissão especial. Ao justificar sua iniciativa, Oliveira afirmou que o Ministério Público não tem como impor sanções a delegados de polícia e que as corregedorias estão enfraquecidas. "A PEC é o endurecimento das regras do jogo do controle ético da polícia, para expurgar aqueles que não pertencem à classe", diz ele. 
Concebido nos moldes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Conselho Nacional de Polícia terá a responsabilidade de zelar pela autonomia funcional dos delegados e promover o controle externo de todos os órgãos policiais do País, podendo expedir atos regulamentares, recomendar ao Executivo a revisão de seus atos e sugerir providências para mudanças administrativas nas corporações policiais.  Segundo o projeto, ele será integrado por 17 membros nomeados pelo presidente da República. Dez teriam de ser delegados de polícia - oito indicados por governadores de Estado, um pela Polícia Federal e outro pelo ministro da Justiça. Os demais membros seriam dois representantes da OAB; um membro do Ministério Público; dois cidadãos indicados pela Câmara e pelo Senado; o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ); e mais um magistrado indicado pela Corte. O mandato é de dois anos, com possibilidade de recondução, e a nomeação dos 17 membros terá de ser ratificada pelo Senado. Pela PEC, o Conselho também terá um corregedor nacional escolhido em votação secreta entre os integrantes das Polícias Civil e Federal. 
Como era esperado, as entidades de delegados de polícia aplaudiram a decisão da CCJ da Câmara, enquanto promotores e procuradores a criticaram. Para o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, Carlos Eduardo Jorge, o Ministério Público só teria interesse em fazer controle externo "do que tem holofote e repercussão". Para o presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, César Mattar Júnior, a PEC aumentará a impunidade de policiais corruptos, uma vez que suas infrações passariam a ser julgadas por colegas. 
As reações mais serenas vieram do Poder Executivo e dos meios forenses. Dirigentes governamentais temem que o Conselho Nacional de Polícia abra o caminho para a consolidação de um antigo pleito dos delegados, que reivindicam para a Polícia Federal e para as Polícias Civis dos Estados a mesma independência do Ministério Público. O temor é de que a concessão de autonomia funcional e administrativa à polícia converta a corporação numa espécie de "quinto Poder". Nos meios forenses, a crítica mais contundente é a de que a criação do Conselho Nacional de Polícia transfere para a esfera da União competências que, segundo a Constituição, são de alçada exclusiva dos governos estaduais, comprometendo o equilíbrio federativo. Assim, por retirar dos governadores o poder sobre a Polícia Civil, a PEC seria inconstitucional. Pela natureza peculiar de sua função, os órgãos policiais precisam ser controlados de modo eficaz, para evitar desmandos e violência. É por isso que o controle a ser adotado tem de privilegiar os interesses maiores da sociedade, não podendo ser influenciado por rivalidades corporativas. É esse o cuidado que o Congresso terá de tomar ao votar essa PEC. 

Skoob

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