quarta-feira, setembro 15, 2010
Trechos do que disse Dirceu
Trechos do que disse Dirceu
O GLOBO – 15/09/2010
“A eleição da Dilma é mais importante do que a eleição do Lula, porque é a eleição do projeto político, porque a Dilma nos representa.
A Dilma não era uma liderança que tinha uma grande expressão popular, eleitoral, uma raiz histórica no país, como o Lula foi criando, como outros tiveram, como o Brizola, como o Arraes e tantos outros. A direita teve aqui mesmo uma liderança que foi o próprio ACM, independente do fisiologismo, do abuso de poder, contudo era uma liderança popular, tanto é que era popular na Bahia.
Tinha força político-eleitoral.
Ela é a expressão do projeto político, da liderança do Lula e do nosso acúmulo desses 30 anos, porque acumulamos, demos continuidade ao movimento social.” “Falam na TV todos os analistas deles: (...) que nós queremos censurar a imprensa, que o problema no Brasil é a liberdade de imprensa? Gente do céu. Como alguém pode afirmar do Brasil é... bom.
Não existe excesso de liberdade.
Pra quem já viveu em ditadura...” “Nossa aliança é PC do B, PDT, PSB, PMDB, PT, PRB e PR. (...) Independente de termos essa coalizão, o PT é a base dela. A mídia começa a discutir nossa política, se vai fazer ajuste, se não; se vai estatizar ou não; fazer concessão ou não. Aquilo que temos de maior qualidade, o Lula, querem apresentar como negativo, porque o Lula é maior que o PT. Eles é que não têm ninguém maior que o partido deles. Ainda bem que temos o Lula, que é duas vezes maior que o PT.” “Quando pusemos o Alencar como vice do Lula, ganhamos a eleição. Como ganhamos essa eleição quando o PMDB não ficou com o PSDB.
Aquele movimento anti-Renan Calheiros, anti-Sarney... vocês não vão acreditar que eles são éticos, né? Eles, evidentemente, queriam era romper a aliança nossa com o PMDB. Um mês depois, Serra estava fazendo aliança com o PMDB. O presidente estava indicando o vice, porque em 2002 a Rita Camata foi vice dele. Criamos uma distensão no PMDB.” “Dizem que queremos censurar a imprensa. Diz que o problema é a liberdade de imprensa. O problema do Brasil é excesso, bom, é que não existe excesso de liberdade.
Mas, na verdade, o abuso do poder de informar, o monopólio e a negação do direito de resposta e do direito da imagem. ” “Os tribunais brasileiros estão formando jurisprudência, se vocês lerem os discursos do Carlos Ayres Britto, que aquilo não é voto, é discurso político, a liberdade de imprensa está ameaçada no Brasil, que é um escândalo. Mas eles estão preparando a agenda deles para o primeiro ano de governo.
Como a imprensa já está pressionando pela constituição do governo, já está disputando a constituição do governo.” “O governo sempre é disputado.
E nessa disputa, as forças políticas de oposição pesam também.
Porque com o apoio da imprensa, eles tentam formar a opinião pública forçando determinadas definições ou tentar impedir que nós apliquemos determinadas políticas. Ou paralisando no Congresso ou criando um clima na sociedade contrário, basta ver a ação já que estamos aqui numa casa das estatais, participação ampla dos petroleiros.” “Toda a mídia se posicionou contra a nova regularização do pré-sal. O Fundo, a empresa, a apropriação da receita do petróleo, da forma que vamos fazer, por partilha e não concessão.” “Tem uma disputa contra nós na comunicação. Vejam a campanha que fizeram esses anos todos contra o Bolsa Família. Não combatiam a política externa do presidente.
Porque eles não tinham ideia do peso dela, da integração sul-americana a ferro e fogo.” “Temos que nos preparar para disputa dessa fixação da mídia comigo.
Primeiro é que eu disputo, enfrento. Não deixo nada sem resposta.
Faço a disputa política na sociedade, no meu blog, no PT.
Continuei participando da vida política do país, da vida do PT.
Querem que eu seja condenado, querem me banir da vida política do país. Eles tentaram me impedir de exercer minha profissão. Eles me cassaram, saí do governo, fiquei inelegível, depois começaram uma campanha contra minhas atividade de advogado e consultor.
Fizeram durante esses cinco anos, e no ano de 2008 quatro vezes em conluio com a PF, MP e Poder Judiciário tentaram me prender. Não há nada contra mim. Faz parte da disputa política.
Como eu representava o PT, fui alvo. Quem tem que provar é o MP, que não conseguiu provar nada. O processo já terminou. Só falta ser julgado.”
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