sábado, abril 09, 2011

Reflexões ao amanhecer: não há idade para ser feliz


Reflexões ao amanhecer: não há idade para ser feliz
MIRNA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE - JORNAL DO BRASIL
Publicado em 28/03/2011 pelo(a) Wiki Repórter mirna_cavalcanti_de_albuquerque, Rio de Janeiro - RJ
Paisagem ideal para pensar, meditar e agradecer a Deus por tudo, principalmente por EXISTIR, por entender, por ser como sou e pela própria VIDA. A Linha do Horizonte, ao parecer unir o Céu ao mar, faz-me sentir a infinitude real do Ser. - Foto: Mirna Cavalcanti de Albuquerque - Praia das Flexas - Niterói - RJ com o MAC ao fundo.

Neste lindo e maravilhoso domingo que passou, 27 março de 2011, recebi um e-mail que fez com que desenvolvesse um pensamento que tem estado há muito a preocupar-me.
Ainda há gente que, de forma errada, tem preconceitos mais do que tolos, sem fundamento- como todos os preconceitos, por sinal. Uma grande parte da chamada sociedade ocidental (ao reverso da oriental) pensa que após alguns- ou muitos anos a mais de vida, os longevos perdem seu valor como criaturas úteis: COISA ALGUMA podem mais fazer e tentam enterrá-los- ou desterrá-los- considerando aqui a metáfora-psicológica, moral, intelectual e sentimentalmente.            
São os velhos punidos pelo Estado (no caso dos valores das aposentadorias e pensões), e muitos - ainda por seus próprios filhos que lhes colocam em asilos (verdadeiros depósitos de gente) e deles fingem esquecer-se – ou realmente esquecem.
Na realidade, atitudes mesquinhas (do Estado ou da família), se estão alastrando como ervas daninhas, devido aos espíritos egoístas e até mesmo desumanos. Esquecem-se que, se viverem também mais, chegarão à velhice e mais: por sua forma de agir, serão eles não só maltratados, como de forma ainda mais cruel, pois é esse o exemplo que estão a dar a seus filhos. No caso dos filhos: mesmo que não venham, por sua vez a tê-los, parecem desconhecer a indefectível Lei do Retorno e dessa, ninguém escapa: o Destino, Deus, o Juiz dos Juízes: Ele Mesmo, encarrega-se de executar Sua Sentença.
Os que lerem este, por favor: repensem seus ultrapassados conceitos - se é que os têm. Quanto a preconceitos, desnecessário a eles referir-me, pois significam principalmente, atraso espiritual;
A VIDA nada mais é do que um interstício entre o nascimento e a morte: um curto espaço de tempo que aqui passamos (o que significam cem anos para a História?)...
Pensem! Devemos vivê-la da forma que nossa consciência nos orientar, dentro dos Princípios e Valores todos que são os fundamentais para que possamos realmente ser considerados Seres Humanos. Portanto, desde que não magoemos propositalmente os demais, façamos o que quisermos, para tentarmos alcançar o que consideramos seja “felicidade”, cuja busca deve ser nosso objetivo.

Deus quer-nos felizes – mas temos o livre arbítrio. Cabe a nós escolhermos- e a ninguém mais. Somos responsáveis por todos os nossos atos, sejam bons ou não.
Não foi outro o motivo que levou os Founding Fathers (*) a escreverem a expressão “Pursuit of Happiness“, como objetivo-mor do povo, para constar no documento de Declaração de Independência dos Estados Unidos da América do Norte, há mais de três séculos.(**)
Por outro lado, Marcel Proust escreveu:” À la récherche du Temps Perdu” (À busca do tempo perdido)… Um complementa o outro. É só pensar : fazer ocorram as sinapses pessoais, interpretar consoante a intertextualidade e, acima e além: deixando à alma, à sensibilidade e à própria vivência chegarem às conclusões corretas.
Todavia, há que ressaltar-se: é lamentável constatar que a sociedade humana é composta por membros, em sua maioria, que agem como verdadeiros rebanhos: precisam ser tangidos ou não sabem que rumo tomar.(***)
Ocorre que muitos se deixam tolher - ou mesmo prender por hipócritas e humanas convenções: o que faz percam chances de serem felizes- nem que por momentos.
Autenticidade, dignidade, sinceridade, objetividade, devem fazer parte dos que pretendem SER. Os que carecem dessas qualidades, jamais poderão tornar-se criaturas inteiras, mas excrescências – e negativas: seres nocivos que infelizmente existem em todos os níveis da sociedade.
Combatamos esse tipo de gente com as armas do bem; afastemo-los de nosso convívio, pois são como ervas daninhas. Se, todavia for impossível isso fazer, lutemos contra esses seres das trevas com as armas mencionadas retro: o bem, as palavras, as leis, em busca da JUSTIÇA. Ela existe, acreditem-me, quando distribuída por verdadeiros juízes: os que enobrecem as negras togas que envergam.
Livres então daqueles outros maus cidadãos, libertemo-nos também das ideias preconceituosas, pois ersatz (sucedâneas) da carência de Valores e Princípios e, baseados justamente nestes, pois os possuímos, busquemos viver de forma a fazermos a nós mesmos felizes.
Procuremos a tranquilidade de espírito, a paz de consciência, a alegria que só pode sentir um coração límpo, valente, forte e justo.
Outrossim, não nos mortifiquemos por erros passados. Somos humanos e pois, passíveis de falhas das quais, após algum tempo, nos arrependemos. Destarte, arrependamo-nos sinceramente. Contudo, não permitamos ocorram acusações de quem quer que seja. A ninguém é concedido o poder de julgar-nos. Por via de consequência, temos o dever de impedir suas pretensões atinjam o objetivo colimado: além de juízes, se transformem em nossos algozes. (****)
Mantenhamo-nos firmes em nossos propósitos. Façamos o bem, defendamos nossos direitos quando necessário e jamais temamos os iníquos. Estes não se podem a nós ombrear-se: são vencidos por seus próprios agires (ou não agires, quando deveriam tê-lo feito). Há muito são perdedores, por chafurdarem no lamaçal em que vivem.
Portanto, amigos leitores, desenhemos a cada amanhecer um sorriso no rosto. Agradeçamos a Deus podermos fazer as coisas mais simples, mas que na verdade, são atos todos componentes para o bem viver: caminhar, falar, comer, ver e principalmente, possuir sensibilidade para apreciar o que de belo a Natureza nos oferece. Essa sensibilidade é característica fundamental do grau de desenvolvimento de nosso espírito. É ela que deveras nos revela humanos, que faz sintamos solidariedade, bondade, piedade por nossos irmãos menos favorecidos de qualquer sorte, e que nos move para tentarmos considerar seus sofrimentos como se nossos fossem - e realmente o são. Não é isso que nos ensinam todas as religiões? Não é o que nos orienta a Filosofia? Não é o que toda e qualquer pessoa de bem e do bem, mesmo agnóstica ou ateia pratica?
Não há idade para sermos felizes.
Ao assistir o vídeo que me foi enviado por um amigo, pus-me a pensar sobre o assunto, pois ele já se encontrava há muito tempo em minha mente.
Emocionou-me assisti-la, pois enquanto o fazia, esses pensamentos todos expendidos acima passavam como um filme em minha memória, e doíam-me na alma. Além das minhas dores (todos as temos) , sentia e sinto as dores de meus semelhantes. Sei que não é original isto que escrevo, mas nada me preocupa menos do que a originalidade: “Sinto em mim todas as dores do mundo”.
Pois bem: uma senhora inglesa, do alto de seus oitenta anos, Anie Cutler, conseguiu realizar seu sonho... E, ao ser perguntada a razão de haver-se inscrito para cantar, respondeu com bom humor: “Antes tarde do que Nunca"!
A voz dessa cantora deixa a desejar à de muitos ’cantores’(assim considerados). Sonora, forte, límpida. E, ao considerarmos que o instrumento do cantor são as cordas vocais, essas envelhecem. Não as dela: têm o vigor da juventude e sua interpretação é pura sensibilidade.
É exemplo a ser seguido. Todos temos sonhos e também podemos realizá-los! Perseveremos! Não nos deixarmos abater por revezes quaisquer que sejam e, alimentados pela fé, continuemos a crer em nós, em nossas potencialidades.
Anie Cutler e seu cantar corroboram de forma ostensivamente verdadeira – e principalmente feliz, o sentimento que me anima:  nossa vida nesta Terra só acaba quando é exalado o último suspiro e, enquanto aqui estivermos, temos o dever não só de sermos felizes, como fazermos todos o possivel para levarmos a felicidade aos demais.
Estou certa de que é esta a principal missão de todos nós.
Mirna Cavalcanti de Albuquerque, Rio de Janeiro, 27 de março de 2011
NOTA: acessem, para assisti-la: http://www.youtube.com/watch?v=8ADvp6fkMyQ
(*) Leiam a respeito, em: http://www.archives.gov/exhibits/charters/cons...
(**) http://www.embaixadaamericana.org.br/index.php?action=materia&id=645&submenu=106&itemmenu=110
(***) isso pode ser facilmente constatado nos movimentos das massas manipuladas por lideres políticos c om intuito de dominá-las . Usam técnicas várias: a História têm-nos registrado. Mais recentemente ( bem-nem tão recentemente: o Nazismo e o Comunismo, bem como todo e qualquer outro Regime de Força, são exemplos do que assevero)
(****) não me refiro aqui a crimes de qualquer espécie. Quanto a esses – há os Tribunais, aos quais recorremos, para que nossos direitos, desrespeitados ou feridos por outrem, sejam devidamente reconhecidos, declarados e reparados, consoante a Legislação vigente.

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