segunda-feira, junho 21, 2010

Queimadas em alta

Queimadas em alta
60 focos registrados Em uma das ocorrências de ontem, fogo destruiu 100 mil m2 de vegetação em área do Exército
Maísa Urbano / maisa.santos@rac.com.br - Da Agência Anhanguera
VENCESLAU BORLINA FILHO - MARITA SIQUEIRA - venceslau.borlina@rac.com - maritasiqueira@rac.com.br

A falta de chuvas e o calor dos últimos dias têm contribuído para a ocorrência de queimadas em Campinas. Segundo dados da Defesa Civil, a cidade tem registrado neste ano entre 50 e 60 pontos isolados de fogo diariamente. As regiões Norte e Leste, próximas à rodovias e matas preservadas, o que potencializa os riscos de incidentes mais graves, são as áreas que têm o maior número de ocorrências.
Um incêndio de origem ainda desconhecida destruiu ontem cerca de 100 mil m2 de vegetação da Coudelaria do Exército em Campinas, no limite com Valinhos. O fogo começou durante o jogo do Brasil contra a Costa do Marfim, pela Copa do Mundo de Futebol, e se alastrou rapidamente. O Corpo de Bombeiros teve dificuldades para controlar o incêncio, principalmente, pelo mato seco e pelo grande número de atendimentos.
Os baixos índices de umidade relativa do ar provocados pelo tempo seco, as bruscas variações de temperatura, o ressecamento da vegetação e os ventos fortes contribuem para os incêndio. Somente ontem foram registrados ainda focos de queimadas no Jardim Von Zuben, Taquaral, Barão Geraldo, São José, Cidade Universitária e Amarais. Na noite de sábado, o fogo em um matagal atingiu dois barracos na favela do Santa Marta, em Campinas. As casas ficaram completamente destruídas. Ninguém se feriu.
MUDANÇA. Para o pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agronomia (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Jurandir Zullo, a vegetação fica mais seca, o que propicia que o fogo se espalhe rapidamente entre os meses de abril e agosto, podendo chegar a setembro dependendo do ano. “As condições ambientais são favoráveis para que o fogo se alastre, mas é necessário que haja uma ação humana condutora do evento”, disse ele. Afirma ainda que isso o risco ocorre desde pequenas atitudes, como jogar a bituca do cigarro nas plantas ao lado da estrada e nos canteiros da cidade, assim como em lixo, podem gerar grandes incêndios.
Depois de uma semana de calor e baixa umidade relativa do ar, a temperatura deve diminuir com possibilidade de chuva a partir de amanhã, elevando o índice de umidade para 90%, de acordo com o Clima Tempo.

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