quinta-feira, novembro 11, 2010

JPMorgan quer crescer com oferta de crédito no Brasil

JPMorgan quer crescer com oferta de crédito no Brasil
Maria Cristina Frias - Folha de S.Paulo - 11/11/2010
"Existe um espaço de crédito no Brasil que, acreditamos, o JPMorgan possa preencher", diz Cláudio Berquó, presidente do banco americano no país.
Para Berquó, a união de Itaú e Unibanco e a compra do ABN pelo Santander deixaram uma lacuna para outras instituições financeiras.
"Itaú dava crédito para cem clientes e Unibanco para cem, ao se unirem, eles cortam o limite de crédito. Menos bancos concedem crédito no país." Em quais áreas há espaço para ser ocupado? "Em todas" é a resposta.
O banco reforçou a equipe no Rio de Janeiro e vai abrir entre o final deste ano e o início de 2011 uma unidade em Curitiba. Depois virão mais duas, uma no Nordeste, provavelmente em Recife, e outra no interior de São Paulo.
A estratégia para avançar é ir atrás de clientes e de talentos, "gente com expertise em crédito e nos clientes".
"Teremos quase mil pessoas nos próximos dois anos, dois anos e meio", diz.
O banco contratou, apenas em 2010, cerca de 200 pessoas para todos os departamentos da instituição.
"As salas de um dos andares do banco não são mais para receber clientes, mas para entrevistar pessoas para trabalharem no banco", conta Berquó. O JP deve crescer neste ano 10% acima da projeção anterior, que era de alta de 5% em relação a 2009.
"A combinação de um banco grande que consegue atuar em várias áreas e, agora, com o Gávea Investimentos [JPMorgan comprou 55% da gestora de recursos do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga], vai dificultar para os competidores. Imaginamos ficar bem mais fortes do que éramos", afirma.
Reajuste de planos de saúde não chega a hospital, diz pesquisa
Os reajustes anuais praticados pelos planos de saúde, justificados pelo aumento de custo, não são repassados aos prestadores de serviços de saúde, como hospitais, clínicas e laboratórios, segundo entidades do setor.
Os dados são de pesquisa encomendada pelo Sindhosp (sindicato dos hospitais paulistas) e pela Fehoesp (federação do setor), realizada pelo Vox Populi.
Os planos de saúde individuais, regulados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), tiveram reajuste de 6,73%, 5,48% e 5,76%, respectivamente em 2008, 2009 e 2010.
No entanto, o reajuste médio nos valores de diárias e taxas dos hospitais, por exemplo, foi de 4,5% em três anos, segundo dados da pesquisa, a ser divulgada hoje.
Dos estabelecimentos pesquisados, um terço não recebeu nenhum reajuste, nem abaixo da inflação, e 12,2% tiveram 13 planos que reduziram mais esses valores.
Dentre os laboratórios, 72,5% afirmam não ter recebido reajuste nos últimos três anos, e um quarto dos entrevistados ainda teve redução de aproximadamente 13,4%.
PAREDE DE GESSO
Termômetro da construção civil, o uso das chapas de gesso "drywall" encerrou o terceiro trimestre com alta acumulada de 35,3% ante o mesmo período de 2009.
Foram consumidos 24 milhões de metros quadrados de chapas, segundo a associação de fabricantes.
A expectativa é de forte alta, já que Brasil e China ainda têm consumo moderado (0,08 m2 por habitante por ano), na comparação com os EUA (10 m2).
Muito usado em construções de hotéis e escritórios, o sistema reflete o desenvolvimento da economia local.
São Paulo lidera o consumo no Brasil com 44% de participação no período. É seguido pelo restante da região Sudeste (21%) e pela região Sul (15%).
A construção civil deve fechar o ano aquecida, com produção de cimento em 58 milhões de toneladas.
PEQUENOS E MÉDIOS
A Nossa Caixa Desenvolvimento, agência de fomento do governo paulista, acaba de alcançar R$ 200 milhões de desembolso para pequenas e médias empresas no Estado. A agência, que ficou conhecida como "BNDES paulista", realizou, desde o ano passado, mais de 1.200 operações em financiamento a projetos de investimento, compra de equipamento e capital de giro. A agência deve elevar o volume com uma plataforma on-line que permite que pedidos de financiamento sejam feitos no site.
FAMÍLIAS DO VINHO
Onze das principais famílias do mundo do vinho estão reunidas no Brasil. O país foi escolhido para sediar o encontro anual do PFV (Primum Familiae Vini) e promover as bebidas. É a primeira vez que os membros se reúnem na América do Sul.
"O potencial do mercado brasileiro para os vinhos de alta qualidade é enorme. As pessoas estão descobrindo a bebida e aumentando o hábito de consumo", diz o barão Philippe de Rothschild, do Château Mouton Rothschild, da França.
"O desenvolvimento socioeconômico dos brasileiros está elevando o interesse da população por grandes vinhos", diz Dominic Symington, um dos proprietários da Symington Family Estates, vinícola fundada há 350 anos em Portugal.
Durante a visita no Brasil, o grupo já fechou negócios com hotéis e restaurantes que passarão a servir as bebidas.
Hoje, além de promover os vinhos em um jantar de gala, em que o convite custou R$ 2.500, eles realizarão o leilão de uma caixa de 11 vinhos, um de cada família, cuja renda será revertida para a Childhood Foundation.
Em 2009, na China, o leilão arrecadou US$ 25 mil.
Desenvolvimento Luiz Carlos Bresser-Pereira recebe na próxima semana o título de doutor honoris causa pela Universidade de Buenos Aires. Na ocasião, o colunista da Folha fará conferência sobre "o novo desenvolvimentismo".
Recíproco A prestação de contas do governo deveria ter a mesma transparência imposta às empresas pelo Sped, sistema para entrega de informes à Receita, segundo Charles Holland, da Anefac.
Idas... Uma comitiva de 30 empresários e representantes do governo da África do Sul, entre eles o ministro de Comércio e Indústria do país, Rob Davies, desembarca no Brasil na segunda-feira.
...e vindas Durante a visita, o governo sul-africano anunciará um pacote de incentivo fiscal na área da industria. A missão promoverá o conceito Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China), lançado em Copenhague.

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