sábado, maio 29, 2010

Amorim diz que se for preciso subserviência abre mão da ONU

Amorim diz que se for preciso subserviência abre mão da ONU
Luís Bulcão Pinheiro, Portal Terra

RIO - O chanceler Celso Amorim afirmou nesta sexta-feira que se for preciso o Brasil ser subserviente para entrar no Conselho de Segurança da ONU, "nós abrimos mão", ao comentar as críticas feitas pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, sobre o acordo nuclear firmado com o Irã.
Hillary lançou questionamentos em relação à assinatura do acordo dizendo que o país islâmico quer ganhar tempo e torna o mundo mais perigoso com seu programa atômico. "Pensamos que fazer o Irã ganhar tempo, permitir que o Irã ignore a unanimidade internacional existente sobre seu programa nuclear, torna o mundo mais perigoso, e não menos", disse.
Sobre as declarações da americana, Amorim descartou problemas diplomáticos. "Seria infantil pensar que as relações ente Brasil e EUA estão ameaçadas, mas se for preciso ser subserviente para estar no Conselho de Segurança da ONU, nós abrimos mão disso", disse Amorim.
Amorim citou ainda o lobby político dos EUA e Reino Unido na guerra do Iraque. "Quando diziam que a comunidade internacional estava nervosa, eram apenas dois países", afirmou ele, ao responder se o acordo teria deixado comunidade internacional nervosa.
"Eles tem o poder de veto (se referindo ao Conselho de Segurança), mas não podem violentar a nossa consciência", afirmou.
"Nós não estamos nervosos, porque temos a certeza de que fizemos a coisa certa. Havia uma proposta de acordo para criar confiança na relação entre um certo número de países e o Irã", disse.

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