quarta-feira, julho 14, 2010

Agência diz que mundo se recupera de forma lenta da crise econômica

Agência diz que mundo se recupera de forma lenta da crise econômica
Economistas diz que taxas de desemprego levarão anos para voltar a níveis normais

A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) considera que o mundo está se recuperando da pior recessão global desde a Segunda Guerra Mundial (1929-1945), mas isso vem acontecendo de forma lenta, afirmou nesta terça-feira (13) o diretor econômico da entidade, David Wyss.
Ele também destacou, ao analisar a origem e o andamento da atual crise, que levará anos para que as taxas de desemprego nos diversos países afetados voltem aos níveis normais. Para Wyss, a inflação não se apresenta como um problema para as economias, mas o crescimento é mais lento em algumas regiões do mundo, como na Europa.
No caso dos países da zona do euro, Wyss estimou que a situação "é positiva, mas não tão positiva", já que o crescimento em 2010 deverá ser fraco - em torno de 1% -, embora a agência acredite que em 2011 pode chegar a 1,9%. Acrescentou que tanto na Europa como no Japão a recuperação será lenta ao contrário dos Estados Unidos, onde o especialista estima que estará em torno dos 3,1% neste ano.
Segundo o economista, quando a recessão começou parecia que as economias emergentes podiam escapar desta situação, mas acabaram por se "somar" à crise, embora tenham saído melhor dela. Ele lembrou como a bolha imobiliária nos EUA fez explodir a crise, embora ressalte que países como a Alemanha, Suíça e Canadá se situaram melhor devido a práticas bancárias mais conservadoras, o que tornou o mercado imobiliário mais estável.
No entanto, o economista disse que a situação na Europa é pior pelo alto endividamento - como é o caso do Reino Unido -, o que "está criando problemas" no continente. Para a agência, a situação econômica na Europa para a metade deste ano e 2011 estará focada nos efeitos que os cortes públicos impostos pelos governos terão.
Baixo risco
O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, reafirmou hoje que o forte crescimento da Ásia e da América Latina torna improvável uma nova recaída da economia mundial.
- Prevemos que 2011 seja um pouco inferior ao patamar de 2010, mas isso está bem longe de uma nova recessão.
Ontem, ele afirmou que a Ásia precisa estar preparada para enfrentar riscos que possam causar desaceleração da economia global, mas descartou a possibilidade de uma nova recessão.
No último dia 8 o Fundo divulgou a revisão do documento Perspectiva Econômica Mundial, na qual elevou a previsão de crescimento mundial neste ano para 4,6%, contra 4,2% previstos em abril; para 2011, a previsão foi mantida em 4,3%.
O FMI prevê uma recuperação da crise em dois ritmos diferentes: os países ricos devem avançar a uma passo mais modesto, enquanto os mercados emergentes terão um crescimento acelerado. O Fundo avalia ainda que não há sinais de que os problemas financeiros na Europa tenham freado a retomada econômica. Para a zona do euro a previsão de crescimento neste ano foi mantida em 1% - para 2011, no entanto, a previsão foi reduzida para 1,3%, contra 1,2% em abril.

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