terça-feira, junho 15, 2010

Mulheres aumentam participação em gangues do Distrito Federal

Mulheres aumentam participação em gangues do Distrito Federal
Portal da Band - 14/06/2010
Com mais de duas décadas de existência, as gangues do Distrito Federal passam por uma mudança no perfil. Antes majoritariamente masculinas, agora enfrentam o aumento da participação feminina.
“Há 10 anos fiz uma pesquisa e as meninas tinham um papel subordinado. Hoje é como na sociedade: elas não têm o mesmo papel que os meninos, mas dentro da gangue podem liderar as meninas”, afirma Miriam Abramovay, socióloga que coordenou a pesquisa da Ritla (Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana).
O dado é um dos principais resultados apontados em Gangues, Gênero e Juventude: Donas de Rocha e Sujeitos Calulosos, livro elaborado por uma parceria da Ritla com a Cufa (Central Única das Favelas) e Secretaria de direitos humanos. A publicação mostra ainda que algumas gangues chegam a ter 800 membros.
A pesquisa foi realizada ao longo de dois anos e entrevistou 70 pessoas. Com 150 horas de horas gravadas, o levantamento constatou, explica Miriam, que as gangues são formadas por jovens em busca de visibilidade. “Uma gangue se reúne para adquirir fama, para ter espaço na cidade, para ser conhecida e reconhecida em uma sociedade, que é do espetáculo, e todo mundo quer aparecer”, esclarece.
O livro será lançado nesta segunda-feira.
Redação: Helton Gomes

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