domingo, agosto 01, 2010

Mercado da beleza em alta

Mercado da beleza em alta

Estado de Minas

Nunca antes na história os cuidados com a beleza e estética estiveram tão em alta. Trata-se de um fenômeno mundial e, nesse cenário, o Brasil conquistou, em 2009, o terceiro lugar no podium. O país ficou atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão, de acordo com ranking do Euromonitor Internacional, instituto de pesquisas responsável pelo levantamento do consumo de cosméticos no mundo. E há promessas de chegar à vice-liderança ainda em 2010, conforme as expectativas mais otimistas. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), a expansão econômica do setor no país está na casa dos 10% ao ano, saindo ilesa até dos períodos de crise. A entidade aponta em alguns fatores, de acordo com seu “Panorama do Setor – 2010” que têm contribuído para esse crescimento substancial, a saber: o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho, o investimento em tecnologias de ponta, os lançamentos de produtos que atendem às mais variadas necessidades e a ampliação de um nicho muito especial: o masculino. Some-se a isso o aumento da expectativa de vida, fazendo com que os mais longevos preocupem-se em manter a boa aparência sob controle com o passar dos anos. Em relação ao fator “investimento em tecnologias de ponta”, um segmento que tem merecido destaque é o dos dermocosméticos, resultado do avanço da indústria da beleza associada à indústria da saúde, por meio de laboratórios bem estruturados e mão de obra altamente capacitada. Tais produtos não são simplesmente cosméticos de efeito superficial, mas verdadeiros tratamentos capazes de promover modificações fisiológicas nas camadas mais profundas da pele. Manchas, rugas, hipersensibilidade, acne e uma infinidade de outros problemas podem ser controlados, amenizados ou até erradicados, graças a formulações seguras e eficazes. E para quem ainda pensa que conseguir resultados positivos nesse campo está diretamente relacionado ao uso de dermocosméticos importados, como os das indústrias europeia e norte-americana, a boa notícia é que o Brasil já desenvolve produtos com qualidade equiparável e até superior aos feitos no estrangeiro. Isso porque algumas empresas nacionais voltaram os olhos ao seu consumidor em potencial, o brasileiro, que tem características peculiares, moldadas pelo clima tropical e pela miscigenação de raças tão comum no país.

Os novos cosméticos made in Brazil tem provocado uma verdadeira revolução no setor. Já podemos encontrar produtos que utilizam, por exemplo, tecnologia baseada na ação sobre as células-tronco adultas da pele, combatendo as principais causas do envelhecimento cutâneo. Também é possível adquirir cosméticos que contêm em sua formulação polifenóis do vinho, um dos mais poderosos antioxidantes do momento, maçã vermelha para a remoção de células mortas, e até arroz e algodão, associando o cuidado com a pele a momentos de relaxamento e bem-estar. Outro ponto que merece detida atenção é o aumento do consumo masculino de cosméticos. Essa fatia do mercado já chega a 16%, segundo dados da ABIHPEC, mais que o dobro da década de 1990. Nesse quesito, o Brasil é o 6º no ranking mundial. E a projeção é de mais crescimento pela frente. De olho nesse filão, indústrias têm desenvolvido produtos que se adequam às características biológicas dos consumidores do gênero. Exemplos são as loções pré, durante e pós barbear, xampus anticaspa e fluidos que previnem a queda dos fios, além de hidrantes e esfoliantes faciais e corporais.

Mas para se firmar nesse oásis, é preciso muito conhecimento, constantes inovações e flexibilidade para se adaptar às tendências do momento. Indústrias, clínicas de estética, salões de beleza e profissionais do ramo devem estar sempre bem preparados para atender aos anseios de consumidores exigentes e ávidos por novidades, oferecendo serviços e produtos que garantam satisfação na busca por uma melhor imagem. Há quem condene a vaidade, até classificada como um dos sete pecados capitais.
Mas, convenhamos: não há de ser pecado amar e preservar o próprio corpo. O mercado da beleza e da estética sabe disso.

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