sábado, agosto 14, 2010

O espetáculo da chuva de estrelas cadentes, que teve seu ápice na madrugada desta sexta-feira, mas ainda será visto no fim de semana

METEOROS NO CÉU

O espetáculo da chuva de estrelas cadentes, que teve seu ápice na madrugada desta sexta-feira, mas ainda será visto no fim de semana

Publicada em 13/08/2010 às 09h35m
Cesar Baima e agências internacionais
Numa praia de Cancun, o espetáculo da chuva de meteoros / Foto:Reuters
RIO - A chuva de meteoros das Perseidas, uma das mais significativas do ano, atingiu seu auge na madrugada desta sexta-feira. Segundo a Sociedade Astronômica Real, da Grã-Bretanha, até cem meteoros puderam ser vistos riscando o céu a cada hora. Mas, até este fim de semana, ainda será possível observar no céu um número bem maior do que o normal das chamadas estrelas cadentes, preveem cientistas. Isso porque, desde o fim de julho, a Terra atravessa uma larga trilha de poeira e destroços deixada para trás pelo cometa Swift-Tuttle, que a cada 133 anos, aproximadamente, visita a região interna do Sistema Solar em sua longa órbita ao redor do Sol. Sua última passagem foi registrada em 1992 e a próxima está prevista para 2126, quando deverá passar tão perto do planeta que será visível a olho nu.
No Rio de Janeiro, a constelação aparece apenas de madrugada , bem próxima do horizonte, na direção norte-nordeste. Os melhores lugares para ver a chuva são a mureta da Urca (procure olhar para o fim da POnte Rio-Niterói) e no início do Aterro do Flamengo (volte-se para a direção da pista do Aeroporto Santos Dumont.
O nome da chuva de meteoros vem da constelação de Perseu, dentro da qual fica um ponto imaginário, chamado radiante, de onde os riscos no céu aparentam vir. Como Perseu é uma constelação típica do Hemisfério Norte, o show das Perseidas não é tão impressionante na parte sul da Terra. Ainda assim, o fenômeno poderá ser visto no Brasil. No Rio, nas próximas madrugadas, deve-se procurar próxima ao horizonte, na direção norte-nordeste, uma constelação na forma de um "W" (Cassiopeia). Perseu e o radiante das Perseidas estarão logo abaixo e à direita. Outra dica é procurar a constelação das Plêiades, também conhecidas como "As sete irmãs". Neste caso, Perseu e o radiante estarão abaixo e à esquerda.
- Perseu vai estar muito baixo no horizonte para nós, mas ainda assim vamos conseguir ver a chuva de meteoros. A primeira coisa a se fazer é procurar um lugar com uma vista livre do horizonte na sua direção, sem prédios ou montanhas - indica Leandro Guedes, astrônomo da Fundação Planetário do Rio.
Mas ter a vista livre - e sem nuvens - não basta para melhor aproveitar o espetáculo. Também deve-se procurar um lugar afastado das cidades, ou então um com o mínimo de poluição luminosa possível. Evite ficar perto de postes de luz, refletores ou outras fontes que atrapalhem a gradual adaptação dos olhos à escuridão, que pode levar até uma hora.
Outra dica é encontrar uma posição confortável para observar a chuva, que neste caso, por ter o radiante próximo do horizonte, deverá ser sentado ou em pé. Mais uma boa estratégia é escolher uma estrela não muito brilhante próxima do radiante e fixar seu olhar nela. Com o tempo, as demais estrelas parecerão "sumir", o que tornará mais fácil notar alterações no céu, que serão justamente os meteoros riscando a atmosfera.
De acordo com o astrônomo, para os brasileiros as chuvas de meteoros mais interessante de se ver ainda vão acontecer este ano. São elas as Orionídeas, em outubro, e a chuva dos Leonídeos, em novembro. Em ambas, porém, a taxa costuma ser bem menor que nas Perseidas, em geral de 25 a 30 por hora.

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