segunda-feira, maio 03, 2010

Foi-se o tempo em que os afazeres das mulheres se restringiam à casa. Hoje elas comandam família e empresas

Foi-se o tempo em que os afazeres das mulheres se restringiam à casa. Hoje elas comandam família e empresas
Correio Braziliense - 03/05/2010
Ser mãe no século 21 é sinônimo de multiplicidade. Executivas, donas de casa, servidoras públicas e empresárias fazem malabarismo com o relógio para encaixar todos os compromissos sem abrir mão dos cuidados pessoais e, claro, das compras. Depois que deixaram para trás o posto de sexo frágil, o que se vê são mulheres com mais anos de estudos que os homens, divididas entre a carreira, a educação dos filhos e a administração financeira da família. Avanços significativos que ainda esbarram em desigualdades típicas de nações em crescimento. Pelo menos 53% das brasileiras estão em idade economicamente ativa, mas representam apenas 46% da população ocupada, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os salários também são menores. Em 2009, comparando a média anual dos rendimentos dos dois sexos, o ganho delas (R$ 1.097,93) representou, em média, 72,3% do que eles embolsaram (R$ 1.518,31).
As diversas facetas das mulheres não são novidade. “As mulheres sempre foram múltiplas, a diferença é a ampliação dos papéis: de dona de casa a executiva”, explica Marlene Ortega, presidente do Business Professional Women-SP. “Se muitos diziam que ‘atrás de um grande homem há uma grande mulher’, posso dizer que ela não quer mais ficar nos bastidores, quer visibilidade”, afirma
Por isso, a ala feminina no mercado de trabalho aumentou. Em março de 2002, 7,325 milhões trabalhavam. Passados oito anos, elas somam  9,823 milhões — um salto de 35%. Quanto à qualificação, até 2020, as mulheres terão passado os homens, de acordo com o Business Professional Women. No setor privado formal, 76,4% das contratadas têm mais que 11 anos de estudo, contra 57,9% dos empregados. Como donas do próprio negócio, 15,5% completaram o nível superior; entre eles, só 11,4% estão na mesma condição.

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