segunda-feira, maio 03, 2010

Mico-leão-dourado: o mascote da conservação da biodiversidade

Mico-leão-dourado: o mascote da conservação da biodiversidade
Desde os anos 70, o Mico-leão-dourado é um dos símbolos da luta pela conservação da diversidade biológica.

O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) chama a atenção pela cor vibrante de seus pelos, que varia de dourado a vermelho-dourado. Assim como outros micos e saguis da família Callitrichidae, seu pequeno porte, sua longa cauda e sua agilidade fazem do mico-leão-dourado um dos mais simpáticos animais da nossa fauna. Ele vive cerca de oito anos, tem hábitos diurnos e, à noite, dorme em ocos de árvores ou emaranhados de cipós e bromélias. Se alimenta de frutos, animais invertebrados e pequenos vertebrados. Alguns estudos mostram que o mico-leão-dourado come mais de 60 espécies de plantas e, depois de digeri-las, ajuda a dispersar suas sementes pelo ambiente. O mico-leão-dourado pode ser reproduzir uma ou duas vezes por ano e os períodos de reprodução vão de setembro a novembro e de janeiro a março. Não há diferenciação de cor e tamanho entre machos e fêmeas e, quando nascem os filhotes, tanto o pai quanto a mãe ajudam na criação. Quase extinto A imagem do pequeno primata de cerca de 60 centímetros de altura já correu o mundo e, desde os anos 70, é um dos símbolos da luta pela conservação da diversidade biológica. Isso porque o mico-leão-dourado está há muito tempo ameaçado de extinção. A devastação da Mata Atlântica quase exterminou toda a população de micos-leões-dourados. Originalmente, a espécie era encontrada em todo o litoral fluminense, chegando até o Espírito Santo. Com a intensa ocupação da zona costeira no estado, acompanhada de extração de madeira e atividades agropecuárias, e a consequente destruição da mata, os micos estão agora confinados a cerca de 20 fragmentos florestais. Apesar de serem pequenos, os micos-leões-dourados precisam de bastante espaço. Eles vivem em grupos de aproximadamente oito indivíduos, podendo chegar a 14, e cada grupo ocupa em média 110 ha. Os pesquisadores afirmam que, para o mico-leão-dourado sair da lista de espécies ameaçadas de extinção, é preciso que, até 2025, haja cerca de 2.000 indivíduos vivendo soltos, em uma área de 25.000 ha de florestas. Atualmente, as populações selvagens não somam nem 1.000 indivíduos, que estão espalhados em remanescentes de florestas que, em sua maioria, não passam de 1.000 ha.

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Foto:© David Lawson / WWF-UK

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