quarta-feira, junho 30, 2010

China nega que exercício militar seja resposta aos EUA

China nega que exercício militar seja resposta aos EUA

PEQUIM (Reuters) - Os militares chineses desmentiram relatos da imprensa de que um exercício de artilharia nesta semana no mar do Leste da China seria uma reação ao anúncio de um exercício militar envolvendo Coreia do Sul e Estados Unidos.
Analistas e um oficial militar disseram que o exercício é rotineiro, e que a realização da atividade norte-americana é uma coincidência. O exercício chinês começa na quarta-feira e irá interditar parte do mar do Leste da China durante seis dias.
"O exercício de artilharia do EPL (Exército Popular de Libertação) no mar do Leste da China e o exercício conjunto EUA-Coreia do Sul no mar Amarelo são uma completa coincidência", disse Li Daguang, professor da Universidade Nacional de Defesa da China, ao Wen Wei Po, jornal de Hong Kong sob controle do regime chinês. "O mundo exterior não deveria fazer nenhuma leitura a partir disso."
Mas o China Daily, jornal estatal em inglês, disse que alguns analistas viram o anúncio da manobra como uma "resposta a um exercício conjunto entre as Marinhas dos Estados Unidos e da República da Coreia no mar Amarelo".
O mar Amarelo fica ao norte do mar do Leste da China, e as áreas das duas atividades não se sobrepõem.
A chancelaria chinesa na semana passada se disse preocupada com a eventual presença de um porta-aviões dos EUA no exercício antissubmarinos, que ocorre cerca de três meses depois do naufrágio de uma corveta sul-coreana que, segundo Seul, foi torpedeada pela Coreia do Norte.
"Embora o governo chinês não tenha dito nada sobre o exercício, todo mundo com bom senso em estratégia militar apostará que eles estão relacionados", disse Shi Yinhong, especialista em relações sino-americanas da Universidade Renmin, de Pequim, ao China Daily.
O exercício EUA-Coreia do Sul, que estava previsto para este mês, provavelmente ficará para julho, numa data ainda não definida, disse o Pentágono na segunda-feira.
Washington não informou oficialmente se haverá a participação de um porta-aviões.
Pequim habitualmente se irrita com a presença de embarcações norte-americanas fazendo funções de vigilância em águas próximas à costa sul chinesa.
(Reportagem de Chris Buckley)

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