Atletas recrutados continuarão nas Forças depois de 2011
Aeronáutica, Exército e Marinha planejam dar padrão olímpico aos Jogos Mundiais Militares
Claudio Nogueira – O Globo
Daqui a um ano, a 16 de julho de 2011, será aberta, no Engenhão, a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares. Para lutar por um dos três primeiros lugares no quadro de medalhas, as Forças Armadas brasileiras têm reforços de peso: atletas de alto rendimento integrados ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica.
— A vinda destes atletas de alto rendimento nos deu um ânimo todo especial. O nível dos atletas estrangeiros é muito forte, e estamos otimistas porque treinamos forte. Estes atletas não param em 2011. Este projeto esportivo militar não termina em 2011. Vai no mínimo até depois de 2016 — assegurou o almirante José Pierantoni Gamboa, presidente da Comissão Desportiva Militar.
— Os Jogos de 2011 terão padrão olímpico. O Conselho Internacional Esportivo Militar reúne 133 países e mais de um milhão de atletas militares.
A quarta parte dos atletas de Olimpíadas e de Mundiais são militares. Nos Jogos de Pequim2008, dos 819 medalhistas, 139 eram militares.
Obras estão adiantadas Os atletas de alto rendimento serão integrados às forças armadas e terão apoio para treinar, além de participar em programas esportivos militares junto às crianças.
— Entramos no Exército uma semana depois da Superliga e vamos lutar pela medalha em 2011 — disse Regiane, do vôlei do Unilever/Rio de Janeiro e agora sargento.
De 16 a 24 de julho de 2011, os Jogos Mundiais Militares deverão reunir números recordes: seis mil atletas de 110 países e 20 esportes. Para que se tenha uma ideia, os Jogos Pan Americanos de 2007, também no Rio, haviam reunido 5,6 mil atletas de 42 países. A delegação brasileira irá contar com 649 integrantes (atletas e comissões técnicas), sendo 219 da Marinha; 369 do Exército; 55 da Aeronáutica e seis da PM e do Corpo de Bombeiros.
— Será o maior evento esportivo que o país terá sediado até então, na esteira de eventos até 2016 — afirmou a secretária estadual de Esportes, Márcia Lins.
De acordo com o general Jamir Megid Júnior, do Comitê de Planejamento Operacional, a infraestrutura se baseia em estádios já existentes. As maiores obras são um novo estande no Centro Nacional de Tiro, e em especial as Vilas Verde, Azul e Branca, que irão hospedar as delegações. Após o evento, elas passarão a ser de uso militar.
Locais de competição incluem o Engenhão, São Januário, Escola Naval, Maria Lenk, Maracanãzinho, Arena Multiuso, Praia de Copacabana e instalações militares.
O paraquedismo, por exemplo, terá eventos em Resende.
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