quinta-feira, agosto 12, 2010

Israel pede à ANP que suspenda boicote a assentamentos judaicos

Israel pede à ANP que suspenda boicote a assentamentos judaicos

Jerusalém, 12 ago (EFE).- Israel pediu nesta quinta-feira à Autoridade Nacional Palestina (ANP) que suspenda o boicote imposto à produção nos assentamentos judaicos, em um encontro incomum entre dois de seus ministros desde que Benjamin Netanyahu chegou ao poder, no ano passado.
O ministro da Indústria e Comércio de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, apresentou o pedido em uma reunião com o ministro de Economia palestino, Hassan Abu Libde, que o negou por considerá-lo um fortalecimento da colonização.
"O pedido (por parte de Ben-Eliezer) não é nada além de um reflexo do sucesso da campanha (de boicote) e de seu impacto na queda econômica dos assentamentos", diz o ministro palestino em comunicado.
Abu Libde assegurou ao ministro israelense que a ANP está decidida a seguir adiante com o boicote, em uma tentativa de tornar os assentamentos ilegítimos politicamente e de impedir que os palestinos contribuam com seu esforço para o desenvolvimento econômico de Israel.
Mais de 25 mil palestinos perderão seus postos de trabalho a partir de janeiro de 2011 em empresas israelenses que se encontram ou funcionam no território da Cisjordânia, que a ANP reivindica, junto com Gaza e Jerusalém Oriental, para o futuro Estado palestino.
Será a segunda etapa de uma campanha que começou em maio com um boicote aos produtos israelenses dos assentamentos vendidos em comércios palestinos e que teve início a pedido do primeiro-ministro da ANP, Salam Fayyad.
Ben-Eliezer, conhecido por suas posturas pacifistas, pediu a reunião com Abu Libde depois que a Federação das Indústrias de Israel exigiu ao Governo de Netanyahu compensações pela perda de receitas.
"O boicote deve ser suspenso imediatamente porque muitas das empresas da Cisjordânia empregam grande quantidade de palestinos", disse o ministro israelense na reunião.
O encontro de hoje foi um dos pouco realizados pelos líderes de Israel e ANP desde que Netanyahu assumiu o cargo de primeiro-ministro em Israel.
O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, decidiu então que não haveria contatos diretos com líderes israelenses até que o país interrompesse por completo as construções na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Fonte: UOL Notícias

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