sábado, junho 19, 2010

Operação da Polícia Federal comprova ligação entre PCC e Comando Vermelho

Operação da Polícia Federal comprova ligação entre PCC e Comando Vermelho
Folha Online
A PF (Polícia Federal) afirmou na manhã desta quinta-feira que a prisão de 13 pessoas, entre ontem e esta quinta-feira, por tráfico internacional de drogas e armas durante a operação Patente comprova a ligação entre as duas principais facções criminosas dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro: o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho.
Entre os presos está Benedito Ramos, conhecido como Tinho, integrante do PCC e, segundo a polícia, o responsável pela logística de transporte das armas e drogas que vinham do Paraguai.
Tinho foi preso, na tarde de quarta-feira (16), no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio, quando chegava de São Paulo para uma reunião da quadrilha em um restaurante luxuoso na rua Barata Ribeiro, em Copacabana.
No restaurante foram presas outras quatro pessoas. Entre elas, o líder da quadrilha, Lenildo da Silva Rocha, que estava solto há dez dias e comandava o tráfico em uma favela de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Antes de ser solto, ele comandava o grupo do complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste do Rio).
A advogada de Rocha, Eunice Fábio dos Santos, também foi presa no restaurante. De acordo com a PF, ela era responsável pelas movimentações financeiras da quadrilha e recolhia a renda das vendas das armas nas comunidades da Baixada Fluminense. Para os policiais, a advogada alegou que ia até a região buscar seu salário.
Segundo a PF, as armas que vinham do Paraguai, além de serem revendidas em favelas da baixada, iam para Petrópolis (região serrana do Rio) --onde uma pessoa também foi presa-- e eram usadas pela própria quadrilha.
O transporte de drogas e armas era feito por uma empresa de transporte de cargas, localizada no Rio, de propriedade de Luciano de Azevedo Ananias, que também foi preso pela PF.
O delegado Enrico Zambrotti, da Polícia Federal, afirmou que a investigação -- iniciada em janeiro-- apontou que a quadrilha faturava cerca de R$ 1 milhão por mês com a negociação de pelo menos 15 fuzis. "A coordenação das atividades ilícitas era feita por presidiários ligados a facção criminosa Comando Vermelho que tinha um elo direto com PCC, em São Paulo", afirmou.
Em São Paulo, uma mulher conhecida como Solange Sombra, parente de Tinho, e Anderson Tibério também foram presos. Durante a operação, a polícia apreendeu 140 kg de maconha, 300 sacolés de cocaína, 13 pistolas e 1 submetralhadora, além de carregadores e munições.
A polícia cumpriu 13 mandados de prisão --sendo cinco em presídios-- e 15 de busca e apreensão, mas três suspeitos ainda estão foragidos. Um deles é do Paraguai. Entre os locais de busca estão os presídios Ary Franco, em Água Santa (zona norte); Jorge Santana, Vicente Piragibe e Gabriel Castilho, no complexo de Gericinó (Bangu).
A operação foi batizada de Patente porque, segundo a polícia, está ligada a frequentes viagens dos investigados para as regiões de Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, e Capitan Bado, no Paraguai.

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