sexta-feira, novembro 12, 2010

Militares aceitam gays

Militares aceitam gays
O Globo
Pesquisa do Pentágono revela que fim da política 'Don't ask, don't tell' não traria risco a guerras
O estudo elaborado pelo Pentágono sobre a norma “Don’t ask, don’t tell” (não pergunte, não conte) — que discrimina o serviço de gays e lésbicas nas Forças Armadas dos Estados Unidos — concluiu que sua revogação implicaria em riscos mínimos e isolados nas guerras em curso no Iraque e no Afeganistão.
Numa pesquisa feita com militares da ativa e da reserva, mais de 70% deles opinaram que a alteração da regra atualmente em vigor teria resultados “positivos, ambíguos ou nulos” nas operações das Forças Armadas. Segundo os entrevistados, as objeções de militares heterossexuais com a convivência com colegas gays ou lésbicas seriam insignificantes, e questões específicas sobre o uso conjunto de dormitórios ou de chuveiros deveriam ser analisadas caso a caso.
A enquete do Pentágono abrangeu cerca de 400 mil soldados e 150 mil casais de militares.
O relatório de 370 páginas — vazado ontem pelo jornal “The Washington Post” — prevê também que poucos militares declarariam abertamente sua homossexualidade caso a lei seja revogada.
Instituída em 1993 no governo de Bill Clinton, a política do “Don’t ask, don’ttell ” determina que homossexuais e bissexuais que revelarem sua orientação sexual devem ser expulsos do serviço militar. Considerada como uma “política de avestruz” — em tese, os homossexuais são admitidos desde que não assumam publicamente sua homossexualidade — e um estímulo à homofobia, a anulação da lei foi uma constante promessa de campanha dopresidenteBarack Obama.
Segundo o “Post”, o Pentágono pediu a pesquisa para lidar com áreas onde uma recusa poderia causar conflitos ou prejudicar a capacidade de combate.
Ontem, o governo americano solicitou à Suprema Corte que não intervenha para exigir que o Pentágono aceite de imediato o serviço de homossexuais assumidos nas Forças Armadas. O grupo de defesa de direitos dos gays Log Cabin Republicans (LCR), que havia contestado na Justiça a política militar, obtivera uma liminar, depois suspensa por um tribunal de recursos, e então recorreu à Suprema Corte.
O secretário de Defesa americano, Robert Gates, defendeu repetidas vezes a necessidade de que a mudança nas regras seja feita com “extremo cuidado”, e que o processo siga o calendário previamente estabelecido, ou seja, a entrega do relatório do Pentágono ao presidente dos Estados Unidos, em 1 ode dezembro, e a posterior apreciação pelo Congresso.

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