quarta-feira, junho 22, 2011

Centenas de milhares em numerosas cidades do Estado espanhol contra o 'Europacto'


Centenas de milhares em numerosas cidades do Estado espanhol contra o 'Europacto'
Até 200 mil pessoas podem ter participado nas centenas de manifestações que tomaram neste domingo as ruas do Estado espanhol, contra o desemprego e as medidas de austeridade pretendidas pelo governo espanhol e também pelos partidos da oposição, principalmente o PP.
As manifestações foram convocadas poucos dias depois de que a grande mídia espanhola lançasse uma intensa campanha de criminalização contra o movimento que manteve um protesto de três semanas, durante o qual acamparam em numerosas cidades do Estado espanhol.
Os "indignados" prometeram manter a pressão sobre o governo, usando o slogan "A Europa para seus cidadãos". Eles também rejeitam a proposta conhecida como Europacto, que pretende aumentar a competitividade entre os países da União Europeia (UE). Críticos do Europacto veem a iniciativa como um sinal de cortes de gastos públicos ainda mais severos.
Outro slogan usado pelos manifestantes de Madri é "Não à violência", depois que um protesto realizado na semana passada em Barcelona terminou em violência policial e detenções. As maiores manifestações de hoje aconteceram em Madri e em Barcelona.
No entanto, dezenas de outros protestos foram marcados em outras muitas cidades, com uma grande participação em todas elas. Entre as reivindicações, destaca a de uma greve geral que os sindicatos do sistema (CCOO e UGT) se recusaram a convocar até hoje, apesar da péssima situação econômica que vive a maior parte da população do Estado espanhol.
O desemprego entre a população jovem do Estado espanhol chega a 43%, sendo a maior da UE. A crise econômica deixou mais de 1 milhão de famílias em que todos os integrantes estão desempregados.
As posições pactistas dos sindicatos do regime e o acordo fundamental entre governo (PSOE) e oposição (PP, IU, CiU, PNV, BNG...) provocou uma contestação espontânea, pouco politizada e muito massiva, que ainda não pôde ser abafada pelo sistema.
Novas mobilizações foram convocadas para os próximos dias, enquanto a mídia e os partidos do regime mostram perplexidade perante a capacidade mobilizadora do chamado movimento 15-M ou dos "indignados". Se bem o movimento está longe de representar uma aposta revolucionária ou anti-sistema, a sua persistência e tabela reivindicativa anti-neoliberal põe em evidência a identidade programática do conjunto de forças política do sistema capitalista no Estado espanhol, poucas semanas depois das eleições municipais que deram a maioria à direita mais reacionária, representada pelo Partido Popular.
Fonte: Diário Liberdade

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