terça-feira, junho 01, 2010

Justiça é consciência de toda a humanidade

Justiça é consciência, não uma consciência pessoal, mas a consciência de toda a humanidade. Aqueles que reconhecem claramente a voz de suas próprias consciências normalmente reconhecem também a voz da justiça.

Alexander Solzhenitsyn

O escritor russo Alexander Solzhenitsyn, dissidente soviético e Prêmio Nobel de Literatura, morreu aos 89 anos, em 2008. Preso pela primeira vez em aos 20 anos sob alegação de crimes anti-soviéticos, Solzhenitsyn tornou-se mundialmente conhecido por suas críticas ao regime comunista, em especial às prisões de dissidentes.  O escritor atingiu a fama mundial em 1962 com Um Dia na Vida de Ivan Denisovich, um curto romance que conta a história de um companheiro no campo de trabalhos forçados da Sibéria. Na época, a obra foi considerada um ataque ao regime soviético. Solzhenitsyn nasceu em 11 de dezembro de 1918 em Kislovodsk, na região do Cáucaso na então União Soviética, onde estudou Matemática e Física na Universidade de Rostov, em 1941. Depois, ele entrou para o Exército russo na Segunda Guerra Mundial (1939-45). Por suas críticas ao ditador Stalin, foi condenado em 1945 a oito anos de prisão em um campo de trabalho na Sibéria. Em 1974, durante o regime de Leonid Brézhnev, o escritor foi privado da nacionalidade soviética e expulso da URSS, acusado de traição à pátria após escrever Arquipélago Gulag, um relato sobre as prisões para onde eram levados os dissidentes do regime comunista, que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1970. Com a mesma temática, ele escreveu ainda Pavilhão de Cancerosos. Solzhenitsyn passou duas décadas no exílio nos Estados Unidos, e retornou a seu país natal em 1994, após o fim do comunismo. Nunca abandonou a veia rebelde: era um impiedoso crítico da forma como a Rússia fez a transição para o capitalismo.

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