quarta-feira, setembro 22, 2010

Governador do Amapá reassume e nega intenção de renunciar

Governador do Amapá reassume e nega intenção de renunciar
TRE ainda avaliará necessidade de forças federais no estado no dia da eleição
 O Globo - BRASÍLIA. O governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), que deixou a prisão na madrugada de sábado para domingo, desembarcou ontem em Macapá no fim da tarde, reassumiu o cargo e negou qualquer intenção de renúncia. Ele foi preso na Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, em 10 de setembro, suspeito de integrar suposto esquema de corrupção local.
Candidato à reeleição, Pedro Paulo chegou com o antecessor, Waldez Góes (PDT), que concorre ao Senado e estava preso pelo mesmo motivo. Eles foram recebidos por militantes, que fizeram carreata em seguida.
Durante o cárcere de Pedro Paulo em Brasília, coube ao presidente do Tribunal de Justiça do Amapá, desembargador Dôglas Evangelista Ramos, assumir interinamente a administração do estado. O sobrinho do governador, Luciano Dias, candidato a deputado pelo PP, esteve no aeroporto para receber o tio. Ele afirmou que não há dúvida sobre o direito do governador: — Ele chegou e reassumiu o cargo automaticamente.
Pedro Paulo e Waldez foram libertados por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo a legislação, a prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada. Como o período terminou, os dois foram soltos. Investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal apontam ambos como líderes de desvios de dinheiro público por meio de fraudes de licitações e cobrança de propina em pelo menos seis órgãos do governo local. Ao todo, 18 pessoas foram presas na operação, mas a maioria já está solta.
A investigação constatou que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação do estado não respeitava formalidades legais e beneficiava empresas previamente selecionadas. Foram mobilizados 600 agentes federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo STJ.
Ontem, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, esteve em Macapá para verificar a situação política local. Ele disse que o clima é de tranquilidade.
Segundo Lewandowski, o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá ainda avaliará se há necessidade da presença de forças federais para garantir a segurança em 3 de outubro, dia da eleição.
— O TRE ainda vai avaliar se há ou não necessidade de envio de forças federais. A situação está tranquila, as instituições estão reagindo normalmente. A cidade estava um pouco agitada porque minha visita coincidiu com a volta do atual governador — disse o ministro

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