terça-feira, setembro 28, 2010

Região Norte é a que terá mais cidades com presença militar

Região Norte é a que terá mais cidades com presença militar
Brasil Econômico
Pará concentra 106 dos 168 municípios brasileiros que contarão com apoio das Forças Armadas
  Mais do que em outras regiões do Brasil, o Norte tem exibido o clima de maior tensão nesses últimos dias que antecedem às eleições gerais. O fato se revela tanto em ações jurídicas como em solicitações pela presença das Forças Armadas para garantir a tranquilidade na votação. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu reforço de segurança pública para garantir a votação no dia 3 de outubro para 168 municípios em oito estados brasileiros, todos das regiões Norte e Nordeste. A maior concentração da presença militar, porém, estará no Pará, onde em 106 dos 143 municípios os eleitores deverão votar sob os cuidados do Exército.
O principal motivo para os pedidos de segurança é evitar violência causada por disputas políticas no interior do estado, segundo consta no pedido do TRE-PA. O secretário do TSE Giuseppe Janino explica, porém, que em alguns casos — especialmente nos municípios mais remotos do Brasil — há também necessidade logística da participação das Forças Armadas nas eleições. São os tribunais regionais eleitorais os responsáveis por requisitar o auxílio das forças armadas ao TSE — o que pode ser feito até a véspera das eleições. Depois do Pará, o Rio Grande do Norte é o estado que mais terá militares para acompanhar as eleições. Serão 20 cidades. O “histórico de incidentes e conflitos ocorridos em eleições pretéritas” foi o argumento usado pelo TRE-RN para fazer os pedidos. Os outros estados cujas solicitações foram acatadas pelo TSE são: Amazonas, com 15 cidades; Rondônia, com10; Alagoas, com oito; Maranhão, com cinco; Tocantins, com três e Piauí, com um. As requisições são encaminhadas ao Ministério da Defesa, que pede às Forças Armadas que identifiquem uma unidade militar para atender cada localidade.
No contexto jurídico, o clima também é quente na região. Ontem, o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) suspendeu a liminar que censurava a órgãos imprensa que se manifestassem contra o candidato à reeleição, o governador Carlos Gaguim (PMDB). Também no Norte, após nove dias preso sob a suspeita de envolvimento em diversos episódios de corrupção no Estado, o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), reassumiu o cargo em21 de setembro. O colégio eleitoral que mais cresce no Brasil é o da região Norte. Desde as eleições de 2006, o eleitorado do Norte aumentou 11,2%. Os cinco Estados onde o número de eleitores mais aumentou são nortistas: Amapá, Pará, Roraima, Amazonas e Acre. Mas os candidatos à Presidência com melhores colocações nas pesquisas pouco pisaram na região nesta campanha — a exceção ficou por conta da candidata do PV, Marina Silva, que foi à sua terra natal, o Acre. Com desempenho econômico aquém das demais regiões brasileiras, porém, o Norte foi foco de discurso da petista Dilma Rousseff que afirmou que, se eleita, seu governo vai promover ações para o desenvolvimento da região. Já o tucano José Serra se concentrou na manutenção dos benefícios fiscais para a Zona Franca de Manaus.

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