terça-feira, outubro 05, 2010

Peso Pesado

Peso Pesado
MÔNICA BERGAMO - FOLHA DE SÃO PAULO - 05/10/10
O PMDB comemora internamente a realização de um segundo turno na eleição presidencial. Confiante de que a candidata Dilma Rousseff (PT) manterá o favoritismo, o partido considera que vai se fortalecer na segunda fase da campanha. De acordo com um dirigente partidário, a vitória, no primeiro turno, seria de Lula. No segundo, de toda a "base aliada".
E AGORA, LUIZ? A pressão sobre o marqueteiro Luiz González, que fez a campanha de José Serra (PSDB), vai aumentar. Dirigentes tucanos criticam o trabalho dele, que pegou Serra com cerca de 40% nas pesquisas e "entregou" com cerca de 33% no dia da eleição. O tucano só foi ao segundo turno porque Marina Silva (PV) cresceu na reta final.
CONVEXO O PV não conseguia se entender, ontem, nem mesmo sobre o formato da discussão do rumo a seguir no segundo turno. Alfredo Sirkis (PV-RJ), vereador e ex-presidente do partido, defendia que só uma convenção poderia definir a situação -coisa para daqui a 15 dias. Afirmava também que, ainda que o partido declare voto, cada militante, e até Marina Silva, pode, ou não, seguir a orientação. Já Fabio Feldmann (PV-SP), que foi candidato ao governo de SP e é simpático aos tucanos, defendia decisão para esta semana, tomada pelo diretório da legenda.
DEDO DE OURO O que aconteceria na eleição caso Lula apoiasse José Serra (PSDB) para sucedê-lo?
Uma pesquisa do Ipespe feita para trabalho acadêmico sobre o eleitorado, há uma semana, revela que o placar, então de 49% para Dilma Rousseff (PT) e 26% para o tucano, se inverteria: sem o apoio do presidente, Dilma despencaria para 26% e José Serra, apoiado por Lula, subiria para 43%.
EM CAMPO Ronaldo, que ofereceu jantar a Serra no primeiro turno, vai agora renovar convite para Dilma. A ideia do craque é reunir a candidata com jogadores para uma "sabatina" sobre esporte. Ele queria fazer isso com Marina também, mas não foi possível compatibilizar as agendas.
PONTO FINAL A atriz Fernanda Montenegro nega a autoria de uma "carta aberta de temor", atribuída a ela na internet. "Fernanda" se dizia "preocupada" com "políticos mentirosos". "Há uma carta de caráter político circulando pela internet com a minha assinatura. Só pode ser uma brincadeira de alguém desavisado. Não assinei nem passa pela cabeça assinar qualquer pronunciamento político para este ou qualquer outro candidato. Não me levo tão a sério como alguns possam pensar para dar dicas, conselhos ou caminhos a seguir."
AH, BOM! Agitando bandeirinhas na festa do PSDB, no domingo, o rabino Henry Sobel disse que votou em José Serra (PSDB) para presidente porque é "contra o continuísmo". Mas só no governo federal: em SP, ele acha que não tem problema os tucanos ficarem 20 anos no poder. "O continuísmo de Lula é autoritário. O de Geraldo é qualitativo."
LADO A LADO Itamar Franco (PPS-MG) tem reencontro marcado com Fernando Collor (PTB-AL), de quem foi vice em 1989. Os dois vão dividir espaço no Senado, para o qual o mineiro foi eleito -e para onde Collor, derrotado ao governo de Alagoas, voltará em janeiro. Eles romperam na época do impeachment.
URNA VAZIA Gisele Bündchen, que havia declarado apoio a Marina, não votou. Com o título eleitoral em Nova York, ela preferiu viajar a Paris para a semana de moda francesa.
COMPLICADINHO A primeira-dama de São Paulo, Deuzeni Goldman, que foi votar levando os documentos em uma bolsa Chanel, disse que achou "complicadinho" o funcionamento da urna eletrônica. "Alguém mais humilde pode ter dificuldade."

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