quinta-feira, outubro 07, 2010

Presidente do Equador diz que tentativa de golpe ainda não acabou

Presidente do Equador diz que tentativa de golpe ainda não acabou
R 7 - Rafael Correa alerta para um possível novo atentado e denuncia corrupção policial
 A tentativa de golpe de Estado de quinta-feira passada no Equador não terminou, afirmou nesta quarta-feira (6) o presidente Rafael Correa, que alertou para um possível atentado no futuro, inclusive por parte dos policiais.
- Para nós o golpe não acabou, continua, e é preciso ter cuidado. Um atentado pode acontecer.
Em um encontro com a imprensa estrangeira, Correa denunciou que os rebelados atiraram contra uma ambulância que levava militares feridos - que participam em seu resgate na quinta de um hospital - e que tentaram executar dois soldados que se salvaram, fingindo-se de mortos.
- Com gente assim solta é impossível dizer que, no futuro, não se poderá esperar algum incidente. Enquanto existir essa gente na polícia, vai ser muito difícil não haver um ato violento ou um excesso policial no futuro.
Ainda hoje a Procuradoria do Equador ordenou a prisão de 50 pessoas por suposta participação na rebelião, sendo que 46 são policiais, informou o ministro do Interior, Gustavo Jalkh.
A prisão para investigações se soma à detenção de Fidel Araujo, colaborador próximo ao ex-presidente equatoriano Lúcio Gutiérrez. Araujo aparece em imagens falando ao celular em um regimento de Quito durante as primeiras horas do protesto policial.
América Latina pode sofrer mais golpes, diz chefe OEA
A América Latina deve estar alerta após a tentativa de golpe de Estado no Equador, já que situações parecidas podem se repetir em outras partes da região, advertiu nesta quarta o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.
Insulza disse, durante uma sessão extraordinária da OEA, que as autoridades do continente acreditavam que o golpe de Honduras de junho de 2009, que derrubou o presidente Manuel Zelaya, tinha sido uma exceção em uma região que teve anos de estabilidade democrática.
- Tentou-se outra vez. É possível que, se não tivermos cuidado, possa ocorrer novamente.
Insulza reiterou que o ocorrido no Equador semana passada foi "uma tentativa de golpe de Estado".

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