terça-feira, outubro 12, 2010
A batalha de Minas
A batalha de Minas
ILIMAR FRANCO - O GLOBO - 12/10/10
O PT e o PSDB querem os 2,2 milhões de eleitores de Marina Silva em Minas Gerais. Na quinta-feira, o senador eleito Aécio Neves (PSDB) vai reunir tucanos e aliados para organizar a ofensiva de José Serra. Hoje, o ministro licenciado Alexandre Padilha começa a articular os 16 deputados federais eleitos por PR, PP, PSB, PDT e PTB. No primeiro turno, eles pediram votos para o governador reeleito, Antonio Anastasia (PSDB). Agora quer colocálos em campo ao lado de Dilma Rousseff.
O peso da propaganda negativa
O comando da campanha petista à Presidência da República está fazendo autocrítica, dizendo que subestimou o efeito da propaganda negativa no primeiro turno da eleição. Seus integrantes dizem agora que a propaganda negativa teve “uma dimensão significativa” no resultado, mas acrescentam que não conseguiram calcular o tamanho do estrago. Por isso, no debate da TV Band, a própria candidata Dilma Rousseff teria chamado a atenção para a questão. Um de seus objetivos foi o de tentar colar a campanha negativa no candidato tucano. Se tiver êxito, sua equipe acredita que haverá redução dos danos eleitorais.
É difícil que o PV e Marina não tenham a mesma posição. Para onde for a Marina, irá o PV” — Alfredo Sirkis, deputado federal eleito (RJ) e vice-presidente do PV
POP. Na noite de sábado, na sessão da meia-noite, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, assistiu num shopping à beira do Lago Paranoá, em Brasília, ao filme “Tropa de elite 2”. Ela chegou e foi festejada por centenas de jovens que faziam fila para entrar nos dois cinemas que exibiriam o filme. A garotada nem se importou que Marina tenha passado ao largo de toda a fila e entrado numa das salas de exibição antes de todo mundo.
Com a pulga Senador eleito pelo Pará, o deputado federal Jader Barbalho (PMDB) não ficou muito animado com a escolha do relator de seu processo no STF. O caso foi entregue ao ministro Joaquim Barbosa, ex-relator dos inquéritos do mensalão.
Na pressão Os candidatos tucanos aos governos do Pará, Simão Jatene, e de Goiás, Marconi Perillo, estão aliviados.
O pior cenário para eles era aquele em que a candidata do governo, Dilma Rousseff, já tivesse liquidado a eleição.
Para os tucanos, Dilma errou no tom O comando da campanha de José Serra foi surpreendido com a agressividade de Dilma Rousseff no debate da TV Band. Eles avaliam que Dilma “foi muito acima do tom” e argumentam que o público costuma ser hostil diante da agressividade. Consideram que Serra conseguiu faturar nos temas saúde e segurança, nos quais a avaliação do governo é negativa. E que Dilma errou ao deixar para o final a abordagem dos programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida.
Aos valores e aos costumes No encontro, de ontem pela manhã, dos dirigentes dos partidos que apoiam José Serra, foi sugerido que a campanha do tucano invista mais nos temas que envolvem comportamento.
A avaliação desses opositores é a de que esta é a forma de anular a simpatia da nova classe média pela candidatura do governo. Argumenta-se que esta nova classe média, oriunda das camadas D e E da sociedade, é conservadora; ao contrário da tradicional classe média, que é mais liberal.
O SEGUNDO mandato de Jaques Wagner, no governo da Bahia, nem começou e entre os petistas já se diz que o candidato à sucessão é o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
O VICE José Alencar gravou ontem para o programa de TV de Dilma Rousseff. Vai fazer uma fala dirigida aos mineiros. Hoje quem grava é o vice Michel Temer.
O alvo são os políticos e eleitores do PMDB.
ONTEM, o prefeito Gilberto Kassab (São Paulo) e o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), tiveram uma longa conversa sobre o futuro do partido.
ILIMAR FRANCO com Fernanda Krakovics, sucursais e correspondentes
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