terça-feira, outubro 12, 2010

Mistura maior de etanol nos EUA não beneficia Brasil

Mistura maior de etanol nos EUA não beneficia Brasil
Maria Cristina Frias - Folha de S. Paulo - 11/10/2010
O provável aumento da mistura de etanol na gasolina nos Estados Unidos não deve impulsionar as exportações brasileiras para o país.
A expectativa do mercado é que até novembro a Agência de Proteção Ambiental norte-americana aprove a elevação do limite de 10% para 15% de adição de etanol à gasolina.
"As exportações brasileiras não devem se beneficiar da medida no curto prazo, já que a produção atual dos EUA será suficiente para atender o mercado", diz Amaryllis Romano, analista da Tendências Consultoria.
Além disso, como o aumento será uma autorização e não medida obrigatória, nem todos os distribuidores farão a mistura com o limite máximo, segundo Romano.
"Apenas no médio e longo prazos, os embarques brasileiros poderão ser beneficiados. A questão será se teremos como atender a demanda", afirma Romano.
A elevação da mistura é um pedido da indústria norte-americana de etanol, cuja capacidade instalada é superior à demanda. Os EUA são os maiores produtores mundiais do combustível.
A produção deve atingir 44 bilhões de litros neste ano, com capacidade de produção de 50 bilhões, de acordo com a consultoria.
As exportações brasileiras do combustível para os EUA cresceram 79% em receita e 40% em volume neste ano, até agosto, em relação ao mesmo período de 2009.
CARGA PESADA
O aumento das vendas de veículos pesados e a colheita recorde da safra de grãos brasileira impulsionaram o mercado de lonas de caminhões.
Com investimentos de R$ 40 milhões, a Drakar, fábrica de lonas e coberturas do grupo Ledervin, começou a operar neste ano e já registra forte crescimento da demanda.
Além das vendas de caminhões novos, que já saem de fábrica com a lona como um acessório original, as trocas e reposições também têm aquecido os negócios, segundo os executivos Frederico Alves de Lima e Laerte Serrano, que estão à frente da Ledervin.
Outra empresa do grupo, a Voga, de forração para móveis, também registra crescimento da demanda.
"O aumento das compras de móveis, principalmente pelas classes C e D, tem impulsionado o mercado", afirma Serrano.
O grupo Ledervin projeta faturamento de R$ 350 milhões para este ano, com aumento de 30% sobre o ano anterior.
Gelada... O preço da cerveja consumida em casa caiu 0,92% em setembro, ante a alta de 0,45% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrado no mesmo período.
...na inflação Embora o setor de alimentos e bebidas tenha sido o principal responsável pela inflação, a cerveja doméstica puxou o índice para baixo. A inflação anual do produto é negativa, ficou em -2,14%, ante o IPCA de 3,6%.
Na frente... O Brasil é líder no uso da tecnologia "smart grid" (transformação da rede elétrica em rede inteligente) na América Latina, segundo o Fórum Latino-Americano de Smart Grid.
...do grid Enquanto os países vizinhos têm dificuldades, no Brasil, a estimativa é que até 2013 as concessionárias tenham em seus planos de investimento cerca de R$ 4 bilhões em projetos relacionados à tecnologia.
Pernambuco e Rio são destaque da indústria têxtil em agosto
As indústrias têxteis de Pernambuco e do Rio de Janeiro voltaram a apresentar, em agosto, o melhor desempenho do setor.
Com um crescimento mais elevado do que no mês anterior, a produção subiu 23,5% e 15,5%, respectivamente, segundo dados do IBGE.
Forte exportadora, a indústria têxtil pernambucana foi uma das que mais sofreram com a crise no ano passado. Estados Unidos e União Europeia, seus principais compradores, diminuíram as encomendas.
O desgaste sofrido explica a forte recuperação atual, segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção).
Apresentaram retração as indústrias do Ceará (-4,3%) e de Minas Gerais (-1,5%). A média no país foi de 3,8%.
PÉ NA ESTRADA
A agência baiana de publicidade Propeg quer estender seu modelo de atuação descentralizado. A empresa há 45 anos começou a operar em Salvador e depois abriu escritórios para atender em Lauro de Freitas (BA), Fortaleza, São Paulo e Brasília.
"Como nascemos na Bahia, tivemos que sair para outros Estados à medida que ganhávamos clientes. Fomos formando uma gestão de unidades sem conceito de matriz", conta Fernando Barros, presidente da agência.
Em Lauro de Freitas, atende seu maior cliente, a Máquina de Vendas e a baiana Insinuante. Abriu unidade em Fortaleza para cuidar da conta do M. Dias Branco e agora se prepara para chegar ao Rio de Janeiro, antes da Copa.
"Talvez, no Rio, a agência chegue antes de ter um cliente expressivo, devido aos grandes eventos", diz. A empresa faturou R$ 315 milhões em 2009.

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